A 1a leitura apresenta Deus criando o Homem e a Mulher, para se completarem, para se ajudarem, para se amarem. É a Origem da vida e o homem está em Deus.
ADÃO, apesar de possuir o domínio sobre todas as criaturas, não está plenamente realizado. Sente profunda SOLIDÃO. Falta-lhe alguém com quem compartilhar a vida e a felicidade. DEUS preenche sua solidão, criando então a mulher, dotada da mesma natureza e da mesma dignidade. É na partilha de suas vidas no amor, que o homem encontra a realização plena de sua existência.
Homem e mulher são iguais em dignidade. Eles são "da mesma carne", partícipes do mesmo destino. Completam-se um ao outro e juntos complementam a obra do Criador. Esta realidade exige que homem e mulher se respeitem e exclui qualquer atitude egoísta de dominação.
Unidade: "Se tornarão uma só carne" uma só pessoa. Uma fusão não apenas dos corpos, mas na sua totalidade: corpo e alma: com seus projetos, seus sentimentos, seus ideais, suas tendências, suas esperanças, suas amizades e SUA FÉ.
A 2ª Leitura lembra a "qualidade" do amor de Deus pelos homens. Deus amou tanto os homens, que enviou ao mundo o seu Filho único. O Filho solidarizou-se com os homens, partilhou a debilidade deles e aceitou morrer na cruz para dizer aos homens que a verdadeira vida está no amor, que se dá até às últimas conseqüências. O casal cristão deve também testemunhar, com a sua doação sem limites e com a sua entrega total, o amor de Deus pela humanidade.
No Evangelho, Jesus é perguntado sobre o DIVÓRCIO permitido pela lei de Moisés em certos casos, para proteger a mulher das arbitrariedades do marido. O Evangelho nos apresenta o projeto ideal de Deus para o homem e para a mulher que se amam: eles são convidados a viverem em comunhão total um com o outro, dando-se um ao outro, partilhando a vida um com o outro, unidos por um amor que é mais forte do que qualquer outro vínculo. O amor de um homem e de uma mulher que se comprometem diante de Deus e da sociedade deve ser um amor eterno e indestrutível, que é reflexo desse amor que Deus tem pelos homens. O divórcio e a poligamia não fazem parte do projeto de Deus. Jesus reafirma a unidade e indissolubilidade do matrimônio e condena o divórcio e a poligamia. Numa época, em que muitos procuram destruir ou desfigurar a família, é urgente proclamar o Plano de Deus sobre o Matrimônio e a Família. Não é uma norma da Igreja, é Plano de Deus, reafirmado por Cristo.
O ponto que a liturgia hoje coloca como central é o matrimônio como símbolo da nossa fidelidade a Deus. Deus celebra uma aliança com a criatura humana, isto é, um pacto como no casamento, ao qual se espera fidelidade de ambos os lados, do homem e da mulher. Fidelidade que requer sacrifícios, renúncias, sofrimento, mas, também, alegrias, esperanças, felicidades. A alma da fidelidade e, portanto, o amor fraterno, tornando-se, por si só, prova suprema de amor.
Nossa atitude para com os divorciados: Acolher, integrar, compreender e ajudar aqueles a quem as circunstâncias da vida impediram de viver o projeto ideal de Deus. Sem renunciar ao "ideal", que Deus propõe e Jesus reafirma no Evangelho. A felicidade de uma família só existe quando há COMUNHÃO: entre os esposos com os filhos e também com Deus.
Rezemos para que nossas famílias sejam a família que Deus quer: "Santuário da vida" e "Berço do Amor e da Fé".
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