Pastoral da Comunicação

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Somos a PAStoral da COMuniçação da Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Unamar. Responsáveis por esse blog, temos a missão de manter a comunidade informada sobre os eventos ocorridos em todas as 14 capelas que constituem nossa paróquia! Esperamos que, com a intercessão de São Francisco Salles, possamos cumprir nossa missão e evangelizar através da comunicação!

domingo, 26 de setembro de 2010

26° DOMINGO DO TEMPO COMUM


Celebramos hoje o Dia da BÍBLIA. E o lugar privilegiado para ler e acolher a Palavra de Deus é a Comunidade na celebração dominical.

A Liturgia de hoje convida a ver os bens desse mundo, como dons que Deus colocou em nossas mãos, para que administremos, com gratuidade e amor.


Na 1ª Leitura: o Profeta AMÓS denuncia severamente os ricos e poderosos do seu tempo, que viviam no luxo e na fartura, explorando os pobres, insensíveis diante da miséria e da desgraça de muitos. O Profeta anuncia que Deus não aprova essa situação. O castigo chegará em forma de exílio em terra estrangeira. (Am 6,11-16)

As denúncias de Amós são ainda hoje atuais! Povos gastando fortunas matando gente em guerra, enquanto outros morrem de fome por não ter o que comer. Quantos vivem na abundância, enquanto muitos morrem de fome e na miséria. Quantos satisfazem seus caprichos, sacrificando até seus familiares...


Na 2ª Leitura, Paulo denuncia a cobiça, "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males". (1Tm 6,10-16)


No Evangelho, temos o julgamento de Deus sobre a distribuição das riquezas.

A Parábola do homem Rico e do pobre Lázaro (Lc 16,19-31) tem três quadros:

- A Situação de vida do Homem rico e do Pobre "Lazaro".

- A mudança de cena para ambos após a morte...

- Um DIÁLOGO entre o rico e Abraão, Proposta: "Pai Abraão, se alguém entre os mortos for avisar meus irmãos, certamente vão se converter..."

Resposta: "Se não escutam a Moisés, nem aos profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão..."


A morte de ambos reverte a situação: quem vivia na riqueza está destinado aos "tormentos", quem vivia na pobreza se encontra na paz de Deus. É uma Catequese sobre escatologia, antecipa o amanhã para que valorizemos o presente. O rico não é condenado por ser rico, mas porque prescinde de Deus e se nega partilhar com o pobre que estava passando necessidades. O pobre se salva porque está aberto para Deus e espera a Salvação.


A expressão "Moisés e os Profetas", no tempo de Jesus, significava a Bíblia. Por isso, Jesus queria dizer que não estamos precisando de aparições duvidosas do além, de videntes ou prodígios milagrosos. A BÍBLIA é a única Revelação segura que todo cristão deve acreditar. Ela é suficiente para iluminar o nosso caminho. Seguindo essa Luz, encontraremos, aqui na terra, a solidariedade, a fraternidade e, na outra vida, acolhida na casa de Deus, um lugar junto de Abraão.


Quem são os LÁZAROS hoje? Ainda hoje quantos ricos esbanjam na fartura, enquanto pobres "Lázaros" continuam privados até das migalhas que sobram. Creio que os vemos diariamente nas ruas e na televisão. Escutar Moisés, os Profetas, o Evangelho favorece o desapego e abre os olhos às necessidade dos irmãos.


Rachel Malavolti

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Lc 9,1-6

"Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a Boa Nova e fazendo curas em todos os lugares." Lc 9,6
Os apóstolos, corajosamente disponíveis ao evangelho, assumem a tarefa de anunciar o reinado de Deus, conforme o mandato de Jesus.
Deus Conosco

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Mt 9,9-13

"Jesus, ouvindo isto, respondeu-lhes: "Não são os que estão bem que precisam de médico, mas sim os doentes. Ide e aprendei o que significam estas palavras: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores." Mt 9,12-13
O publicano, coletor de impostos, exercia uma função de domínio que causava grande descontentamento na sociedade. O publicano era detestado e desprezado. Jesus chamou um homem desse tipo para ser seu amigo e entrou em sua casa, o que causou grande escândalo.

Jesus visava ao homem e suas relações com Deus, ensinando que todas as situações podem levar a Deus. Em Mateus, há o relato de um homem “doente” que necessitava de cuidados: não são os sadios que precisam de médico.

E Jesus diz que não veio chamar os justos, mas os pecadores. Então, nada mais lógico do que estar com os classificados oficialmente como pecadores.

Somos capazes de entender isso? Às vezes, nos escandalizamos e nos sentimos injustiçados quando pecadores merecem a preferência da Igreja de Cristo. Esse sentimento é baseado numa justiça que não é a de Cristo.

Lc 8,16-18

"Porque não há coisa oculta que não acabe por se manifestar, nem secreta que não venha a ser descoberta." Lc 8,17
A mensagem de Cristo não é para ficar escondida, mas anunciada com toda sua força, para iluminar nossa vida.
Deus Conosco

domingo, 19 de setembro de 2010

25°DOMINGO DO TEMPO COMUM


Vivemos numa sociedade globalizada, em que o dinheiro parece mandar em tudo e é procurado a qualquer custo. Para muita gente, ter dinheiro significa poder e prestígio. Qual deve ser a atitude cristã diante das riquezas?


Na 1a Leitura, Amós denuncia os ricos comerciantes do seu tempo, que exploravam nas mercadorias e nos preços os pobres camponeses. Nem respeitavam os "dias santos" para celebrar e descansar. O Profeta os adverte que Deus não ficará impassível diante disso: "Não esquecerei nenhum de vossos atos..." (Am 8, 4-7) Essa exploração descrita por Amós não é um fato apenas do passado. É uma realidade que os pobres conhecem muito bem ainda hoje. A exploração e o lucro desmedido não fazem parte do projeto de Deus...


Na 2ª Leitura, Paulo convida a uma oração universal, elevando ao céu "mãos puras", em favor de todos os homens. A oração só tem sentido se for expressão de uma vida de comunhão, com Deus e com os irmãos. (1Tm 2,1-8)


No Evangelho, Cristo conta a Parábola do ADMINISTRADOR infiel, que ao ser despedido, reduz o valor das dívidas dos devedores para garantir futuros amigos. (Lc 16,1-13)


Os bens materiais são realidades boas, porque saíram das mãos de Deus. Portanto, os devemos amar.

Mas não os podemos “adorar” como se fossem Deus e a finalidade de nossa existência; devemos estar desprendidos deles. As riquezas são para servir a Deus e a nossos irmãos os homens; não devem servir para destronar a Deus do nosso coração e das nossas obras: «Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro» (Lc 16,13).

Não somos os amos dos bens materiais e, sim simples administradores; portanto, não somente devemos conservar, mas também fazê-los produzir ao máximo, dentro de nossas possibilidades. A parábola dos talentos o ensina claramente (cf. Mt 25,14-30).

Não podemos cair na avarícia; devemos praticar a liberalidade, que é una virtude cristã que devemos viver todos, os ricos e os pobres, cada um segundo suas circunstâncias. Devemos dar aos outros!

E se já tenho suficientes bens para cobrir meus gastos? Sim; também você deve se esforçar por multiplicá-los e poder dar mais (paróquia, dioceses, Caritas, apostolado). Lembre as palavras de São Ambrósio: «Não é uma parte de teus bens o que tu dás ao pobre; o que lhe das já lhe pertence. Porque o que foi dado para o uso de todos, tu te apropria. A terra foi dada para todo mundo, e não somente para os ricos».

Você é um egoísta que só pensa em acumular bens materiais para si, como o administrador do Evangelho, mentindo, roubando, praticando a avarícia e a dureza de coração, que lhe impedem comover-se ante as necessidades dos outros? Não pensa freqüentemente nas palavras de São Paulo: «Que cada um dê conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento, pois “Deus ama quem dá com alegria» (2Cor 9,7) Seja generoso!
Rachel Malavolti

sábado, 18 de setembro de 2010

Lc 8,4-15

"E o que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra, e dão fruto na perseverança." Lc 8,15
As sementes do Reino foram lançadas entre nós. Cristo as semeou em abundância, e os apóstolos continuaram a semeadura. Hoje é a Igreja que continua essa mesma missão, por meio de cada cristão que se empenha em sua vida batismal. Assim a Palavra de Cristo chegará a cada coração humano. Esforcemo-nos para que nossa vida seja o terreno bom.
Deus Conosco

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Lc 8,1-3

"Depois disso, Jesus andava pelas cidades e aldeias anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele, como também algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e curadas de enfermidades; "
Lc 8,1-2
Lucas é o único evangelista a mencionar, de modo bastante explícito e com muita insistência, o grupo de mulheres que acompanham Jesus no decorrer de suas peregrinações apostólicas.

O evangelho de hoje leva-nos a parar e refletir sobre os pormenores que ocorriam com as mulheres que acompanhavam Jesus em sua missão. É claro que não podemos formar idéia alguma, a partir da narrativa desse evangelho, em relação à reação do povo a esse fato, um acontecimento pouco comum, considerando-se as condições culturais das mulheres daquele tempo.

Entretanto, pelo modo como Jesus se comporta em relação a elas e pelo modo como pede sua colaboração, vemos que o Senhor é também o libertador das mulheres. A amizade e o companheirismo cristão, que ele veio para organizar, constituem um chamado ao combate de todas as formas de opressão e discriminação femininia, que até hoje ainda não desapareceram.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

SÃO CORNÉLIO E SÃO CIPRIANO - Lc 7,36-50

"Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora. Então Jesus lhe disse: Simão, tenho uma coisa a dizer-te. Fala, Mestre, disse ele." Lc 7, 39-40

Nós não conseguimos enxergar a realidade tal como ela é porque vemos mal, vemos a partir dos nossos princípios, a partir das nossas concepções; não vemos com o olhar de Jesus, com o olhar do coração, coração este que deveria enxergar bem, pois vê bem quem vê com os olhos do coração.

aquela pecadora, aquela “sem eira e nem beira” – segundo nossos prejulgamentos – faz aquilo que era o mais certo: assumindo a miséria e a condição de miserável – porque todos o somos – resolve acolher Jesus, fazendo o que o “santo”, o “justo” Simão não teve a coragem de fazer: beijou Jesus, lavou-O com suas lágrimas de arrependimento e derramou o pecado na presença do Senhor, quebrando o vaso de perfume.

Que tenhamos a coragem, como esta mulher, de beijarmos os pés de Cristo, de chorarmos os nossos pecados na Sua presença e de derramarmos nossas iniquidades aos Seus pés. Se assim o fizermos, não teremos tempo de julgar, de condenar e de matar os outros com a nossa língua, muitas vezes, venenosa. Passaremos a agir com misericórdia, pois só passa a ser misericordioso quem uma vez saboreou e foi tocado por essa virtude. No entanto, só toca na misericórdia quem assume as suas misérias.

www.cançãonova.com.br

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

NOSSA SENHORA DAS DORES - Jo 19,25-27

"Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava , disse à sua mãe: “Mulher, eis aí teu filho”. Depois disse ao discípulo: “Eis aí tua mãe”."
Jo 19,26-27
Jesus revela algo de suma importância: chegou a sua hora e, com ela, a de sua mãe.

Ela simboliza a Igreja. No mesmo sentido que o discípulo amado simboliza os verdadeiros fiéis. Daí que o discípulo amado recebe a mãe de Jesus como sua, como algo que lhe pertence e a que não pode renunciar. O que caracteriza o discípulo é a fé. Esse relato é uma síntese da obra que Jesus veio realizar: a salvação do homem prolongada na Igreja.

Junto à cruz de Jesus está Maria – aqui ela não é chamada pelo seu nome -, com uma dupla missão: ser a mãe de Jesus, e de todo o mundo que lhe tributra carinho, respeito e veneração, e ser símbolo da Igreja, que está nascendo naquele momento.

Exaltação da Santa Cruz - Jo 3,13-17

"Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna."
Jo 3,14-15
A cruz, instrumento de suplício e de maldição, torna-se, em Jesus Cristo, instrumento de salvação para todas as pessoas. Por isso, somos convidados a nos associar à cruz de Cristo. Quando falamos em união à cruz, logo pensamos em sofrimento, mas devemos pensar em algo que é mais importante que o sofrimento: Jesus, no alto da cruz, não era nada para si, mas todo para os outros, nos mostrando, assim, que cruz significa não viver para nós mesmos, mas fazer da nossa vida um serviço a Deus e aos irmãos e irmãs. A cruz só pode ser verdadeiramente compreendida sob o horizonte do amor maior.

Lc 7,1-10

"por isso nem me achei digno de chegar-me a ti, mas dize somente uma palavra e o meu servo será curado." Lc 7,7

Humildemente aquele homeme pagão se aproxima de Jesus, e acredita que apenas uma palavra dele já lhe dará a salvação.
Deus Conosco

domingo, 12 de setembro de 2010

24° DOMINGO DO TEMPO COMUM


A Mensagem bíblica da Liturgia de hoje nos fala fala da grande MISERICÓRDIA de Deus, que está sempre de braços abertos para acolher os pecadores arrependidos.


A 1ª Leitura mostra a MISERICÓRDIA de Deus para com o Povo infiel. Após ter recebido inúmeros favores de Deus na Libertação do Egito, o Povo rompe com a Aliança e adora um bezerro de ouro. Moisés intercede. Deus perdoa e desiste de castigar. (Ex 32,7-11.13-14) O BEZERRO DE OURO não pretende ser um novo deus, mas uma "imagem" de Javé, o que era proibido, para salvar a transcendência de Javé e evitar os símbolos e imagens dos cultos pagãos.


Na 2ª Leitura: PAULO fala da MISERICÓRDIA de Deus para com ele: Recorda o seu passado de perseguidor violento da Igreja. Mas, pela graça e misericórdia de Deus, tornou-se um Apóstolo. E hoje manifesta toda a sua alegria e gratidão pelo que a graça e a misericórdia de Deus fez nele. (1Tm, 1,12-17)


No Evangelho: Jesus fala da MISERICÓRDIA de Deus para com os Pecadores: (Lc 15,1-32) Na Introdução, os fariseus criticam Cristo porque "acolhe gente de má fama e come com eles...” Essa crítica provoca a Resposta de Jesus com as TRÊS PARÁBOLAS DA MISERICÓRDIA que ilustram a atitude misericordiosa de Deus para com os pecadores, A Ovelha perdida - A Moeda perdida - O Filho pródigo (perdido) Elas manifestam a Alegria de encontrar o que estava perdido; A alegria é tão grande, que precisa ser partilhada com os outros; É preciso festejar, tamanha é a felicidade. Elas nos apresentam também Três Realidades:


1. A Existência do PECADO: Apesar da tendência generalizada que nega qualquer forma de pecado, devemos sustentar a existência do Pecado: Nas leituras de hoje, encontramos vários exemplos:

- A IDOLATRIA dos judeus.

- A PERSEGUIÇÃO de Paulo.

- A Atitude de INJUSTIÇA do Filho pródigo para com o Pai e a vida desordenada com meretrizes.

- A negativa de PERDÃO do irmão mais velho.

- O PURITANISMO dos fariseus e escribas, que murmuravam.


2. A MISERICÓRDIA de Deus: O Pai respeita a liberdade do filho, mesmo quando busca a felicidade por caminhos errados. Continua a amar e a esperar o seu regresso. E quando volta corre ao encontro, mesmo antes do filho pedir perdão. O Beijo revela o perdão, a acolhida, a alegria. A veste: manifesta que devolve a dignidade uma vida nova e o anel: simboliza o poder é recebido "como filho", não como empregado. As sandálias: são próprias do homem livre, não do escravo. Festeja com a alegria o retorno.É a atitude de Deus para com os filhos afastados. O Filho desprezou sua dignidade de filho, o Pai nunca abandonou seu amor de Pai.


3. A CONVERSÃO do pecador. O Pecado existe e todo pecado é uma ofensa a Deus. Mas a misericórdia de Deus é maior do que todos os nossos pecados. Contudo supõe uma atitude de retorno: CONVERSÃO. Assim entenderemos a preferência de CRISTO pelos pecadores, que humildemente reconheciam suas culpas e procuravam sinceramente uma conversão. E compreenderemos também as censuras de Jesus aos fariseus, representados na Parábola pelo filho mais velho, que não aceita perdoar. Todos nós somos pecadores. A Igreja não é feita de santos, mas de pecadores perdoados.


As Parábolas da misericórdia nos revelam um Deus que ama todos. As transgressões dos filhos não anulam o Amor do Pai. Se essa é a atitude de Deus, qual deve ser a nossa para com aqueles que se afastaram de Deus e da Comunidade? A Atitude de Cristo ou a dos fariseus? Do Pai ou do Filho mais velho? Como viver a misericórdia em nossa Vida, em nossa Família?


Renovemos a nossa fé em Deus, Pai de bondade e misericórdia, e fiquemos de BRAÇOS ABERTOS também para nossos irmãos.


Rachel Malavolti

sábado, 11 de setembro de 2010

Lc 6,43-49

"Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto. Porquanto cada árvore se conhece pelo seu fruto. Não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas dos abrolhos. O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio."
Lc 6,43-45
O Senhor quer nos dizer que não existe árvore ruim, pois esta árvore – analogicamente falando – somos cada um de nós; ora, se somos filhos de Deus – repito: e o somos! – por natureza somos bons; o que é ruim, muitas e muitas vezes, são nossa atitudes, ou seja, ou frutos maus que produzimos no lugar dos bons [frutos].
E quanto a nós? Quais frutos estamos produzindo? Veja, aqui não adianta perguntar quais frutos queremos produzir, mas quais podemos produzir diante do fato de que exteriorizamos em nossa vida não o que gostaríamos, mas o que podemos proporcionar. Não basta querer, pois é uma questão de poder.
Só existe um solo capaz de fazer com que venhamos a produzir os frutos: um solo que seja fértil, nutritivo. E esta nutrição é a Palavra de Deus; é a Eucaristia; são as práticas de misericórdia a serem vividas e praticadas na vida do irmão – materiais e espirituais –; é a vida fraterna com aqueles com quem convivemos… dentre tantas outras.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Lc 6,39-42

"Como podes dizer a teu irmão: Deixa-me, irmão, tirar de teu olho o argueiro, quando tu não vês a trave no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e depois enxergarás para tirar o argueiro do olho de teu irmão. " Lc 6,42
Na narrativa de hoje, Jesus nos coloca em vigilância para que procuremos primeiramente reconhecer nossas debilidades, antes de tentar corrigir os defeitos dos outros. Se agirmos dessa forma, a nossa atitude com os que nos corrigem será compreendida e respeitada.

O amor aos inimigos e, sobretudo, o seu perdão são pressupostos indispensáveis para conseguir o perdão do Pai que está nos Céus, como aparece no pedido da oração do Pai-Nosso.

O perdão se transforma em um dos aspectos distintivos do crente, que se encontra no tempo da salvação e assumiu o mesmo comportamento de Jesus, que na cruz perdoou seus inimigos.

O perdão humano não é julgado por Deus conforme um direito estrito, a misericórdia do homem para com os seus irmãos encontrará como resposta a misericórdia de Deus.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Lc 6,27-38

"Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus." Lc 6,35
Esta afirmação: O que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles é a regra de ouro do texto e da caridade cristã. Ela nos indica que o amor não se limita a excluir o mal, mais implica um compromisso em fazer o bem ao próximo. Devemos, por tanto, desprezar toda a compreensão “mercantilista”. O que sempre se busca é o bem do outro e não a estreita reciprocidade.

O tema do amor, que é sempre entendido no Novo Testamento não como um sentimento, mas como uma ação e uma tarefa, deve atingir inclusive aqueles que aparentemente não o merecem: os inimigos, os que nos odeiam, os que nos golpeiam e os que nos roubam.

Trata-se de adotar na nossa vida o comportamento misericordioso de Deus para recriar uma humanidade nova. Fazendo o bem aos inimigos, estamos imitando a bondade de Deus.

NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA - Mt 1,18-23


"Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados." Mt 1,21

A festa de nascimento de Maria nos quer lembrar a salvação de Deus que se aproxima. O Messias prometido realiza sua promessa. Nasce sua mãe, aquela que lhe vai dar um corpo para sua encarnação entre nós.

São relações entre o Criador e a sua criatura. Não basta dizer que Deus é amor, porque o amor pode ser paternalista e tirânico, como acontece em certos modelos familiares.

Deus é esse amor que tornou Maria possível. Deus é o amor de Maria. A dessimétrica não impede a reciprocidade, a menos que a aliança seja uma divina comédia. João, tão afinado a Maria, compreendeu isso melhor do que ninguém.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Lc 6,12-19

"Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos." Lc 6,12-13
Na intimidade do Pai, Jesus reza a noite inteira, antes de escolher os doze apóstolos. Eles foram a primeira comunidade cristã e continuadores do anúncio do Evangelho.
Rachel Malavolti

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Lc 6,6-11

"O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar uma vida ou deixar que se perca?" Lc 6,9
O texto do evangelho de hoje nos fala de uma situação que se tornou habitual na vida pública de Jesus na pregação de seus ensinamentos: Ele encarava o risco de ser criticado pelos líderes, quando agia em favor daqueles que sofriam com doenças.

Jesus, por causa do seu compromisso com os necessitados, sempre colocou o bem-estar das pessoas acima das convenções sociais de seu tempo: eis as razões principais das críticas e da perseguição que ele sofreu.

Jesus liberta-se e liberta aqueles que seguem as instituições religiosas nas quais os escribas mantinham o povo prisioneiro e escravo. Jesus podia ter evitado o conflito, podia ter curado no dia anterior ou no dia seguinte.

Ele o fez num sábado para dar um novo sentido a tudo e a todos e para libertar o povo do temos à lei e aos seus intérpretes. Quem salva é Deus, por meio de Jesus Cristo.

domingo, 5 de setembro de 2010

23° DOMINGO DO TEMPO COMUM


Estamos no Mês da BIBLIA. Ela é sempre uma luz em nossa caminhada cristã. Hoje ela nos fala do Seguimento de Jesus e suas EXIGÊNCIAS:Não é um caminho de facilidade, mas sim de renúncia...


A 1ª Leitura lembra que só em DEUS é possível encontrar a verdadeira felicidade e o sentido da vida. (Sb 9,13-19)


Na 2ª Leitura, Paulo aplica as conseqüências do seguimento de Jesus: intercede em favor de um escravo fugitivo (Onésimo), junto a seu "dono" (Filêmon). (Fm 9b-10.12.17)


O Evangelho aponta o "Caminho do Discípulo". (Lc 14,25-33)

Jesus aponta TRÊS CONDIÇÕES para segui-lo:

1. DESAPEGO afetivo: aos familiares... até à própria vida: "Quem não 'odeia' o seu pai, sua mãe... até a própria vida, não pode ser meu discípulo..." ODIAR significa aqui: não priorizar os sagrados laços familiares, aos valores do Reino.


2. DISPONIBILIDADE em carregar a Cruz: "Quem não carrega a sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo..." A CRUZ é a imagem que melhor sintetiza toda a vida de Cristo. O "Discípulo" é convidado a imitar o Mestre...


3. RENÚNCIA aos bens materiais: "Quem não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo..." Vivendo em função deles, não sobra espaço para Deus, nem relações de partilha e solidariedade com os irmãos...


Seguir o Mestre, não deve ser uma atitude passageira, nascida num momento de entusiasmo, mas sim, uma decisão ponderada, amadurecida e coerente até o fim.


Procuremos nesse mês dedicado à Bíblia, valorizar ainda mais a Palavra de Deus dedicando-lhe um tempo especial dentro do nosso dia, para uma atenciosa LEITURA ORANTE DA BÍBLIA.


Rachel Malavolti

sábado, 4 de setembro de 2010

Lc 6,1-5

Hoje, frente a acusação dos fariseus, Jesus explica o sentido correto do descanso sabático, invocando um exemplo de Antigo Testamento (cf. Dt 23,26): «Nunca lestes o que fez Davi pegou os pães da oferenda, comeu e ainda deu aos seus companheiros esses pães, que só aos sacerdotes era permitido comer» (Lc 6,3-4).

A conduta de Davi antecipou a doutrina que Cristo ensina nesta passagem. Já no Antigo Testamento, Deus tinha estabelecido uma ordem nos preceitos da Lei, de forma que os de menor hierarquia cedem frente aos principais.

À luz disto, explica-se que um preceito cerimonial (como o que comentamos) cedesse ante um preceito de lei natural. Igualmente, o preceito do sábado não está por cima das necessidades elementares de subsistência.

Nesta passagem, Cristo ensina qual era o sentido da instituição divina do sábado: Deus o tinha instituído no bem do homem, para que pudesse descansar e se dedicar com paz e alegria ao culto divino. A interpretação dos fariseus tinha convertido esse dia em ocasião de angustia e preocupação a causa da quantia das prescrições e proibições.

O sábado tinha sido feito não só para que o homem descansasse, mas também para que desse glória a Deus: este é o autêntico sentido da expressão «o sábado foi feito para o homem» (Mc 2,27).

Adicionalmente, ao declarar-se senhor também do sábado (cf. Lc 6,5), manifesta abertamente que Ele é o mesmo Deus que deu o preceito ao povo de Israel, afirmando assim a sua divindade e o seu poder universal. Por essa razão, pode estabelecer outras leis, ao igual que Javé no Antigo Testamento. Jesus bem pode chamar-se senhor do sábado, porque é Deus.

http://evangeli.net/evangelho

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Lc 5,33-39

"Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama, e os odres se perdem. " Lc 5,37
Na parábola trazida pelo Senhor, a centralidade da mensagem é que não há como pôr remendo novo em pano velho e que não há como pôr vinho novo em odres velhos. Ou seja, é impossível que venha a nascer um ser humano novo, na santidade de vida, se antes não for transformada a humanidade dessa pessoa, isto é, antes de ser formado o homem de Deus, a mulher de Deus, é preciso que seja formada a humanidade porque a graça supõe a natureza.
O que Jesus quer dizer com isso é que o maior investimento, num primeiro momento, sob a graça de Deus, que Ele quer fazer em nós, é formar a nossa humanidade; a conversão de vida começa pelo humano. É impossível nascer o santo se antes não nasceu o ser humano.
Rasguemos os panos velhos e quebremos os odres velhos do homem velho, para que a veste nova, o odre novo de um homem novo aconteça e nasça em nós. Daí sim, terão sentido nossas orações e nossos jejuns!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Lc 5,1-11

"Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca." Lc 5,4
Jesus lança o firme convite para seus discípulos. E eles assumem com coragem a missão de anunciar o Reino de Deus ao mundo.
Quando Pedro lançou as redes em plena luz do dia, embora achando um despropósito, confiou em Jesus e obedeceu. Diante desse fato milagroso, sente-se invadido por um sentimento de pequenez, impureza e indignidade diante do Mistério que se vislumbra, e diz: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador. A reação de Jesus é: Não temas, doravante serás pescador de homens.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

LC 4,38-44

"Mas Jesus disse: Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado." Lc 4,43
Pela manhã Jesus vai a um lugar deserto certamente para orar. É procurado pelas multidões que queriam retê-lo, no que se percebe a intenção de consagrá-lo como Messias. Contudo, Jesus parte, permanecendo firme e fiel à sua missão do anúncio da Boa Nova do Reino de Deus, a ser feito a todos os povos.

ORAÇÃO DE SETEMBRO

Ó Deus, no inicío deste mês coloco diante dos meus olhos a Bíblia!
Louvo-te por tudo o que esta Palalavra tem operado na história da minha vida. Mas também te suplico a necessária sensibilidade para captar sempre de novo a tua presença em cada Palavra Sagrada:
Que meus ouvidos estejam mais atentos para ouvir em meio a tantas palavras a tua voz!
Que meus olhos contemplem a tua a tua misteriosa presença
por detrás de cada palavra lida e meditada!
Que minha boca proclame com fé e anuncie a verdade do Reino que teu Filho anunciou.
Senhor, como São Francisco de Assis no Monte Alverne, quero abrir teu Sagrado Livro em nome da Santa Trindade para, de coração
sincero, imitar teu Filho Jesus em todos os atos da minha vida e me conformar a Ele em todos os passos do meu viver. Amém.
Da folhinha do Sagrado Coração de Jesus