Pastoral da Comunicação

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Somos a PAStoral da COMuniçação da Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Unamar. Responsáveis por esse blog, temos a missão de manter a comunidade informada sobre os eventos ocorridos em todas as 14 capelas que constituem nossa paróquia! Esperamos que, com a intercessão de São Francisco Salles, possamos cumprir nossa missão e evangelizar através da comunicação!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

1º DOMINGO DA QUARESMA

Mc 1,12-15
O Evangelho resume as palavras inaugurais do ministério do Jesus, proclamando a graça do reino e chamando os homens à conversão.
O episódio das tentações de Jesus no Deserto, mais do que uma narrativa histórica, trata-se de uma Catequese.
"O deserto", para os judeus, é o lugar privilegiado do encontro com Deus. Foi no deserto que o povo experimentou o amor e a solicitude de Deus e foi no deserto que Deus propôs a Israel uma Aliança.
Para Jesus o "deserto" é o lugar do encontro com Deus e do discernimento dos seus projetos. E é o "lugar" da prova, da tentação de abandonar Deus e de seguir outros caminhos.
"Quarenta dias" é um número simbólico, que lembra o tempo da caminhada do Povo no deserto e a experiência de Moisés e de Elias.
"Satanás" representa os que se opõem ao estabelecimento do seu Reino.
"As tentações": Marcos não especifica as tentações, mas elas simbolizam as provações que Jesus enfrentou ao longo de toda a sua vida para se manter fiel à missão confiada por Deus. Elas resumem também as tentações de todos nós.
A vida de Jesus será uma luta constante de superação até a vitória definitiva na cruz, através da Ressurreição.
Da sua opção, vai surgir um mundo de paz e de harmonia. Jesus aparece como o novo Adão, que vence o tentador. Vencendo a tentação, Jesus inaugura a Aliança definitiva, mais importante que a de Noé.
Após ser Batizado e ter superado as tentações no deserto, Jesus inicia o seu trabalho apostólico, proclamando: " O Reino já chegou... Convertei-vos e crede no Evangelho."
Quaresma é dilúvio e Deserto.
É dilúvio que arranca o pecado e leva a construir a área de salvação e é sinal de que Deus está em Paz conosco.
É deserto pela espiritualidade do despojamento, que nos propõe.
Quaresma é converter-se e crer.
Converter-se é muito mais que fazer penitência ou realizar privações momentâneas. É fazer com Deus seja o centro de nossa existência e ocupe sempre o primeiro lugar.
Crer não é apenas aceitar um conjunto de verdades intelectuais. É aderir à pessoa de Cristo, escutar a sua proposta, acolhê-la no coração e fazer dela o guia de nossa vida.
A Liturgia de hoje nos conscientiza da fidelidade de Deus e da necessidade de morrer ao homem velho para ressuscitar com Cristo a uma vida nova. Sinal eficaz desse passo é o Batismo; o caminho é a conversão até a Páscoa.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

QUARTA FEIRA DE CINZAS

Começamos o nosso recorrido à Páscoa, e o Evangelho nos lembra os deveres fundamentais do cristão, não só como preparação a um tempo litúrgico, mas em preparação à Páscoa Eterna: «Cuidado! não pratiqueis vossa justiça na frente dos outros, só para serdes notados. De outra forma, não recebereis recompensa do vosso Pai que está nos céus» (Mt 6,1). A justiça da que Jesus nos fala consiste em viver conforme aos princípios evangélicos, sem esquecer que «Eu vos digo: Se vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus» (Mt 5,20).

A justiça nos leva ao amor, manifestado na esmola e em obras de misericórdia: «Tu, porém, quando deres esmola, não saiba tua mão esquerda o que faz a direita» (Mt 6,3). Não é que se devam ocultar as obras boas, mas que não se deve pensar em elogio humano ao fazê-lo, sem desejar nenhum outro bem superior e celestial. Em outras palavras, devo dar esmola de tal modo que nem eu tenha a sensação de estar fazendo uma boa ação, que merece uma recompensa por parte de Deus e elogio por parte dos homens.
Bento XVI insistiu em que socorrer aos necessitados é um dever de justiça, mesmo antes que um ato de caridade: «A caridade supera a justiça (…), mas nunca existe sem a justiça, que induz a dar ao outro o que é "dele", o que lhe pertence em razão de seu ser e do seu agir». Não devemos esquecer que não somos proprietários absolutos dos bens que possuímos, e sim administradores. Cristo nos ensinou que a autêntica caridade é aquela que não se limita a "dar" esmola, e sim que o leva a "dar" a própria pessoa, a oferecer-se a Deus como culto espiritual (cf. Rom 12,1) esse seria o verdadeiro gesto de justiça e caridade cristã, «de modo que tua esmola fique escondida. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa» (Mt 6,4).

7º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Mc 2,1-12"
Como não conseguiam apresentá-lo a ele, por causa da multidão, abriram o teto, bem em cima do lugar onde ele estava e, pelo buraco, desceram a maca em que o paralítico estava deitado. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados são perdoados». Mc 2,4
Um paralítico que não se vale por si mesmo, um grupo de amigos, e Jesus.
No paralítico pode ver-se refletido cada um de nós; todos podemos estar paralisados, já que o pecado nos paralisa no nosso caminho para Deus. Às vezes, não nos damos conta ou parece-nos que já estamos bem como estamos, ou que já solucionaremos ou que poremos em ordem as nossas relações com Deus noutra ocasião.
Então «trouxeram-lhe um paralítico carregado por quatro homens» (Mc 2,3). Precisamos de verdadeiros amigos que nos levem a Deus, que vençam a nossa resistência. O paralítico, depois de ver a comoção que os amigos estavam a causar, seguro de que devia dizer-lhes que parassem que teriam mais tempo noutro dia, que havia muita gente… E para não falar de quando «abriram o teto, em cima do lugar onde Ele estava» (Mc 2,4): o ruído que fariam, o pó, o incomodo que causariam a todos os que estavam ali e os gritos que fariam os assistentes, pois não os deixavam escutarem Jesus, etc.
Mas os autênticos amigos não encontram dificuldades, amam de verdade e querem o melhor, porque «é próprio do amigo fazer o bem aos amigos, principalmente àqueles que se encontram mais necessitados» (São Tomás de Aquino). Perguntemo-nos hoje se nós temos verdadeiros amigos que sejam capazes de nos levar a Deus. Perguntemo-nos, também, se somos amigos de verdade e nos esforçamos para levar os que amamos a Deus. Não convém esquecer que também eles porão resistência. Sou realmente amigo? Podem os outros confiar que eu os ajudarei a estar próximo de Jesus?
E Jesus? Vem trazer-nos a verdadeira salvação, vem libertar-nos da paralisia, vem perdoar-nos os pecados. Ajudo os outros a aproximarem-se da confissão?Santa Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, leva-nos e dá-nos Jesus: que com a sua ajuda também nós levemos a todos Jesus!

6º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Mc 1,40-45
"Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele e disse: Eu quero: fica curado."
Jesus se encontra diante de um leproso, que era excluído do convívio da comunidade e considerado maldito por Deus. Ele se aproxima de Jesus e, de joelhos, demonstrando humildade e confiança lhe suplica a cura. Jesus, cheio de compaixão, o toca e o cura. A compaixão está acima da lei, pois não era permitido tocar num leproso, e, quem o fizesse, ficaria impuro. Curando-o Jesus manifesta a presença do Reino na história humana. Cada um de nós está representado no leproso. É preciso que nos aproximemos de Jesus com a humildade e a confiança de que seremos curados. Importa-nos ter compaixão de nossos irmãos e irmãs, principalmente dos excluídos.

5º DOMINGO DO TEMPO COMUM

"Jesus respondeu: Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim." Mc 1,38
O Evangelho nos conta uma inteira jornada de Jesus vivida no meio da gente que sofre. A doença e o sofrimento são as vias quais viaja a vida de cada ser humano, quer ele queira ou não. A enfermidade acompanha a desesperança, a ruptura psicológica e a marginalização social. A narrativa da cura da sogra de Pedro é simples e vivaz. Ao interpretar o gesto de Jesus, não devemos simplesmente entrever um milagre, mas colher uma mensagem: levantar para que empreendamos o caminho do serviço. A Boa Nova do Reino de Deus não é só uma proclamação, mas uma ação que liberta do mal. Isto é precisamente o que faz Jesus em seu evangelho, entra na vida das pessoas, em seu cotidiano, trazendo alívio e cura das enfermidades do mundo.