Pastoral da Comunicação

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Somos a PAStoral da COMuniçação da Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Unamar. Responsáveis por esse blog, temos a missão de manter a comunidade informada sobre os eventos ocorridos em todas as 14 capelas que constituem nossa paróquia! Esperamos que, com a intercessão de São Francisco Salles, possamos cumprir nossa missão e evangelizar através da comunicação!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Lc 10,13-16

Lucas descreve em seu Evangelho as orientações do Mestre aos setenta e dois discípulos enviados em missão dois a dois, e também descreve advertências oportunas, a estes mesmos discípulos, sobre a possível rejeição que poderiam encontrar por parte de alguma cidade aonde fossem e entrassem em missão. E, assim, os fortalece e prepara para tempos futuros. Tempos de perseguição e martírio. Todavia, também os consola, porque todos os que os rejeitarem estarão rejeitando Aquele que os enviou.

Corazim, Betsaida e Cafarnaum são alvos de fortes censuras por parte de Jesus, por causa das inúmeras maravilhas, muitos sinais e milagres aí realizados: “Ai de você, cidade de Corazim! Ai de você, cidade de Betsaida! Porque, se os milagres que foram feitos em vocês tivessem sido feitos nas cidades de Tiro e de Sidônia, os seus moradores já teriam abandonado os seus pecados há muito tempo”.


Em toda a Sagrada Escritura encontramos, assim de modo direto, um caso único de censura às cidades. Fora de Corazim, Betsaida, Cafarnaum e também Jerusalém. Mas por que a censura a estas cidades? A razão é simples. As três cidades eram locais de comércio. Em ambiente de riqueza, ontem assim como hoje, as cidades se fecham à novidade do Reino, vivem o consumismo e pensam não haver outra vida pela frente.


Assim, ao rejeitar os milagres feitos por Jesus, Corazim e Betsaida tiveram condenação maior do que as cidades gentílicas de Tiro e Sidônia. Da mesma forma, as nossas cidades de hoje não escaparão da destruição eterna se não se converterem.


Como Cafarnaum será julgada com maior rigor do que Sodoma, por ter atingido um patamar mais alto no grau da corrupção, assim também eu e você seremos fustigados se não nos convertermos.


Todas as vezes em que resistimos aos apelos à conversão, rejeitamos àqueles que nos anunciam a Palavra de Deus, é o próprio Senhor que estamos rejeitando. É preciso não nos esquecer de que Jesus, neste Evangelho, fala para mim e para você.


As cidades que rejeitam esses mensageiros são terrivelmente culpadas, pois o próprio Jesus garante aos discípulos: “Quem ouve vocês está me ouvindo; quem rejeita vocês está me rejeitando; e quem me rejeita está rejeitando aquele que me enviou”.


Trata-se de algo sério aos olhos de Deus, recusar Sua palavra de aviso ou Seu convite. Por isso, peçamos a graça da conversão, da acolhida à Palavra de Deus de forma a não mais rejeitá-la.


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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Jo 1,47-51

No evangelho de hoje, Jesus se apresenta como a nova e definitiva aliança que une Deus e a humanidade: ele abriu as portas de acesso a Deus.

Deus conhece todas as ações humanas. Ele é o Justo Juiz. E seu Reino não terá fim. O mal um dia será vencido e não mais estará presente entre os homens. Mas isto somente vai acontecer no momento em que “vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. É Cristo quem nos chama para estar junto d’Ele e participar de sua obra redentora.


Filipe não guardou para si a grande alegria de ter encontrado o Messias anunciado pelos profetas, mas comunicou esta mesma alegria a seu amigo Natanael, que se mostrou incrédulo diante da procedência humilde de Jesus, filho de um carpinteiro de Nazaré, quando o Messias devia ser descendente de Davi e procedente de Belém.


“Eu te vi, debaixo da figueira”. Natanael sentiu que o olhar de Jesus penetrava nos mais profundos recônditos da sua alma, pois algo de significativo devia ter passado no seu coração naquela hora e naquele local exato a que Jesus se referia, e que só Deus podia conhecer.


Corresponda ou não, verdade é que Natanael vê-se descoberto e então, respondendo, professa a sua fé em Jesus: “Mestre, Tu és o Filho de Deus, o Rei de Israel”. A intenção do Evangelho revela-se ao apresentar, confissões explícitas de fé em Jesus.


E com a expressão: “Então vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”, esconde – e ao mesmo tempo revela de uma forma muito clara e expressiva – que Jesus é o mediador entre o céu e a terra, ficando assim os céus abertos para a humanidade. Ele é a porta pela qual os homens têm acesso ao Pai.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Lc 9,57-62

Hoje, o Evangelho invita-nos a reflexionar, com muita claridade e não com menos insistência, sobre o ponto central da nossa fé: o seguimento radical de Jesus. «Eu te seguirei aonde quer que tu vás» (Lc 9,57). Com que simplicidade a expressão que propõe um cambio total da vida de uma pessoa!: «Segue-me» (Lc 9,59). Palavras do Senhor que não admitem desculpas, demoras, condições, nem traições.

O primeiro diálogo sugere que o discípulo deve despojar-se totalmente das preocupações materiais. Para o discípulo, o Reino de Deus tem de ser infinitamente mais importante do que as comodidades e o bem-estar material: “As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar”.


O segundo diálogo sugere que o discípulo deve desapegar-se desses deveres e obrigações que, apesar da sua relativa importância, impedem uma resposta imediata e radical ao Reino: “Deixe que os mortos sepultem os seus mortos. Mas você vá e anuncie o Reino de Deus”.


O terceiro diálogo sugere que o discípulo deve desapegar-se de tudo para fazer do Reino a sua prioridade fundamental. Nada, nem a própria família, deve adiar e demorar o compromisso com o Reino: “Quem começa a arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus”.


O que esses ensinamentos pretendem dizer é que o discípulo é convidado a eliminar da sua vida tudo aquilo que possa ser um obstáculo no seu testemunho cotidiano do Reino. Trata-se de um caminho que implica renúncia a nós mesmos, aos nossos interesses, ao nosso orgulho, e um compromisso com a cruz, com a entrega da vida, com o dom de si, com o amor até às últimas conseqüências.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Lc 9,51-56

Hoje no Evangelho contemplamos como «Tiago e João disseram: ‘Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu, para que os destrua?’. Ele, porém, voltou-se e os repreendeu. E partirem para outro povoado» (Lc 9,54-55). São defeitos dos Apóstolos, que o Senhor corrige.

Conta a história de um homem que transportava água da Índia, carregava dois cântaros um a cada lado pendurado no extremo de um pau que se apoiava em seus ombros: Um era perfeito, e o outro tinha uma rachadura e perdia água. Este –triste- observava o outro tão perfeito e com vergonha e sentindo-se miserável, disse um dia ao seu amo: sinto muito, que por causa do meu defeito perca metade do meu conteúdo. Ele lhe respondeu: Quando voltarmos para casa repara nas flores que crescem no lado do caminho. E reparou: eram belíssimas flores, mas vendo que continuava a perder água, repetiu: Não sirvo, faço tudo mal. O senhor lhe respondeu: —reparaste que as flores só crescem no teu lado do caminho? Isto porque eu sempre soube que em ti havia uma rachadura, então plantei sementes do teu lado e a cada dia que fazia este trajeto tu regavas as sementes e assim pude recolher estas flores para o altar da Virgem Maria. Sem ti e a tua maneira de ser, não seria possível esta beleza.


Todos, de alguma maneira somos cântaros rachados, mas Deus conhece bem os seus filhos e dá-nos a possibilidade de aproveitar as rachaduras-defeitos para alguma coisa boa. Assim o apóstolo João —que hoje quere destruir—, com a correção do Senhor converte-se no apóstolo do amor nas suas cartas. Não se desanimou com as correções, senão que aproveitou o lado positivo do seu caráter impulsivo —a paixão— para o serviço do amor. Que nós, também sejamos capazes de aproveitar as correções, as contrariedades —sofrimento, fracasso, limitações— para “começar e recomeçar”, tal como São Josemaria definia a santidade: dóceis ao Espírito Santo para convertermos a Deus e sermos seus instrumentos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Lc 9,46-50

O Evangelho de hoje trata de um assunto que nunca “sai de moda”: os sete pecados capitais, que se resumem no desejo de ser grande. O desejo de se sentir importante é um dos mais primitivos sentimentos do ser humano. Aliás, o ditado popular diz que o coração do homem é insaciável de ambições. Quanto mais tem, mais quer.

Diferentemente da nossa maneira de pensar e ver, Jesus nunca olha para uma pessoa, mas sempre olha “através” da pessoa. Quando olhamos para alguém, não percebemos o que aquela pessoa está passando, pensando, sentindo. Isso somente conseguimos saber quando nos anulamos e nos colocamos no lugar da outra pessoa. Jesus foi, então, o maior de todos os psicólogos existentes. Ele sondava o coração e era capaz de “ser” aquela pessoa.

Na passagem de hoje, Ele sondou o coração dos discípulos e sentiu que eles se perguntavam quem, dentre os Doze, seria o maior. Eles eram humanos como nós, e dentro do grupo, procuravam uma posição de destaque. Observe que o Senhor não coloca todos no mesmo patamar. Ele admite que haja a possibilidade de alguém ser maior que os outros. Existe uma hierarquia no Reino dos Céus. Mas essa hierarquia é o inverso da nossa.

Aqui, neste mundo, quanto maior for a sua posição, tanto mais inacessível você se torna. Na hierarquia de Jesus, quanto mais acessível você for, tanto maior será a sua posição. Viu como inverte duplamente? Neste mundo, você cresce e se torna inacessível; no Reino dos Céus, você se torna acessível e cresce!

Quando as pessoas tiverem medo e resistência em falar com você, significa que algo está errado. O primeiro passo é assumir. Se você não assumir, não vai conseguir nem passar para o segundo passo: descobrir a razão disso.

A maioria das pessoas quer interagir mais, ter mais e melhores amigos. Mas só o farão se encontrarem abertura no seu coração. E isso pode ser na forma de um sorriso, uma brincadeira ou até em você saber o nome da pessoa e chamá-la pelo nome. E esse já é o terceiro passo: abrir-se. Em pouco tempo, você já vai ser tão solicitado, que não vai dar nem conta de tanta responsabilidade.

O missionário do Reino, portanto, não pode desprezar ninguém! A criança que Jesus tomou nos braços, nesta passagem, representa não só as crianças, mas todos os que são excluídos neste mundo.

Cristo nos revela hoje a novidade do projeto de Deus: é um mundo de justiça, de vida plena para todos, abolindo os privilégios daqueles que concentram poder a partir do acúmulo de riquezas ou do prestígio religioso. O Senhor nos apresenta como exemplo e, sobretudo, condição para sermos os maiores no Seu Reino, o olhar puro e simples de uma criança. A criança como símbolo e modelo de humildade e inclusão no Reino dos Céus. Somos chamados a viver dedicados ao serviço, sem pretensões de poder e privilégios.


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domingo, 25 de setembro de 2011

26° DOMINGO DO TEMPO COMUM

Celebramos hoje o "Dia Nacional da Bíblia" no último domingo de setembro, em homenagem a São Jerônimo (30/09), que dedicou 35 anos de sua vida na tradução da Bíblia.

A melhor homenagem à Bíblia é ler, estudar e sobretudo VIVER. Diante da Palavra de Deus, podemos dizer SIM, assumindo um compromisso coerente ou evitar qualquer compromisso.

Na 1ª Leitura, Ezequiel convida os israelitas exilados na Babilônia a viverem com coerência o Sim dado ao Senhor e à Aliança. (Ez 18,25-28)

Na 2ª Leitura, Paulo apresenta o exemplo de Jesus: despoja-se da condição divina, assume a condição humana e diz "SIM" ao Pai até a morte de Cruz. (Fl 2,1-11)

O Evangelho fala de dois tipos de SIM. (Mt 21,28-32) Continuamos a refletir sobre a Igreja, "Vinha do Senhor". Vimos já que todos somos chamados a trabalhar na vinha do Senhor. Hoje veremos qual pode ser a nossa resposta a esse chamado.

Com a Parábola, Jesus ilustra duas atitudes diversas: Ao Pai que convida os dois filhos a trabalharem na Vinha, o primeiro se nega no começo, mas depois acaba indo, o segundo responde Sim, Pai, mas depois não vai. E a parábola questiona: "Qual dos dois fez a vontade do Pai?" A resposta é clara: Não quem DISSE "Sim", mas quem FEZ a vontade do Pai.

A Parábola tinha endereço certo: Os dois filhos representam dois grupos do tempo de Jesus: Os "pecadores inveterados" e os "justos estabelecidos". Os judeus eram os "justos estabelecidos", fiéis praticantes da Lei, que há séculos tinham dito o seu SIM a Deus pela Aliança, e agora rejeitavam o Cristo, enviado de Deus e ficavam fora do Reino. O modo como viviam o seu "Sim" à Lei os levou a dizer "Não" ao Evangelho. Os "pecadores inveterados" eram os cobradores de impostos e as prostitutas, que por muito tempo disseram NÃO à vontade de Deus expressa na lei, mas agora acabavam dizendo "SIM" ao apelo de Jesus e entravam no Reino, seguindo a sua proposta.

O que a PARÁBOLA nos diz HOJE?

Também em nossos dias, Deus continua tendo dois filhos: Alguns, no Batismo, dizem "Sim", mas depois, na vida concreta, transformam o "Sim" em muitos "Não". Outros nunca disseram um "Sim" explícito para Deus, mas, na prática de cada dia, amam o irmão, se sacrificam pelos outros, executam muitas obras de caridade. Estes, ainda que não batizados, são verdadeiros Filhos de Deus.

É inútil ter dito "Sim" para Deus no dia do Batismo, se em seguida, durante a vida vão sendo revogadas as promessas. A Vida inteira deve ser um "Sim" permanente ao Senhor. "É melhor ser cristão sem dizê-lo, que o dizer sem sê-lo".

A que grupo pertencemos? A que filho nos assemelhamos? Ao primeiro, ao segundo? Ou um pouco de cada? Ou seria melhor que fôssemos como o terceiro filho, do qual a parábola não fala: aquele que diz "Sim" e vai mesmo!

sábado, 24 de setembro de 2011

Lc 9,43b-45

“Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: O Filho do Homeme vai ser entregue nas mãos dos homens.” Lc 9,44

Diante de tanta gente que procurava Jesus por causa das obras realizadas por Ele e pelas palavras ditas por Ele, Cristo adverte Seus discípulos de que não ficassem com os olhos e as mentes na admiração e não se deixassem “levar pela correnteza” do povo que a Ele fluía.


Escutai o que o Senhor vos pede: «Se ignorais a Minha divindade, reconhecei ao menos a Minha humanidade. Vede em Mim o vosso corpo, os vossos membros, as vossas entranhas, os vossos ossos, o vosso sangue. E se o que pertence a Deus vos inspira temor, não vos agradará o que vos pertence a vós? [...] Mas talvez a enormidade da Minha Paixão, da qual vós sois a causa, vos cubra de vergonha? Não temais. Esta cruz não foi mortal para Mim, mas para a morte. Estes pregos não Me penetram de dores, mas de um amor ainda mais profundo por vós. Estas feridas não provocam gemidos, mas fazem-vos entrar ainda mais no Meu coração. O esquartejar do Meu corpo abre-vos os Meus braços como um refúgio, não aumenta o Meu suplício. O Meu sangue não está perdido por mim, mas guardado para vosso resgate (Mc 10,45).

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Lc 9,18-22

“E vós, quem dizeis que eu sou?” Tanto esta como a primeira pergunta – “Quem diz o povo que eu sou?” – são consequências de uma vida cheia de intimidade com Deus e que confirmam a experiência do abandono e total dependência de Jesus a Seu Pai.

O nome Cristo significa Ungido do Senhor. Jesus é “aquele que devia vir ao mundo”. E, para se chegar a esta descoberta, exige-se do homem e da mulher um profundo mergulhar na Pessoa de Cristo.

Na resposta de Pedro: “O Messias que Deus enviou”, encontramos as qualidades do verdadeiro discípulo de Cristo.

Jesus é o Filho do Homem. É o Deus que se faz humano, convivendo no dia a dia entre as multidões e comunicando-lhes Seu amor divino e eterno, que permanece para sempre além da morte.

A pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?” exige um comprometimento pessoal. Pedro, corajosamente, mostrou sua crescente lealdade ao afirmar que Jesus era o Cristo de Deus. Nessa confissão, o apóstolo quis dizer que Jesus era o único Deus, Filho ungido para seus propósitos. Mas quais propósitos? A maioria não tinha idéia.

Jesus então deixa claro o preço que teria de pagar para seguir a confissão de Pedro num mundo que não apenas estava confuso a Seu respeito, como também era contra Seu ministério. Concordar com a confissão de Pedro significa “causar conflito” entre os crentes e o mundo. Significa negar a si mesmo ao carregar a cruz do discipulado.

O discipulado de Cristo, naquele tempo e hoje, tem seu preço, seu custo, ou seja, dar a própria vida por amor aos irmãos. Esta é a mensagem central para o dia de hoje.


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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Lc 9,7-9

“Então Herodes disse: «Eu mandei cortar a cabeça de João. Quem será esse homem, sobre quem ouço falar estas coisas?». E procurava ver Jesus. “Lc 9,9


Hoje o texto do Evangelho nos diz que Herodes queria ver Jesus (cf. Lc 9,9). Esse desejo de ver Jesus vem da curiosidade. Falava-se muito de Jesus pelos milagres que ele ia realizando por onde passava. Muitas pessoas falavam dele. A atuação de Jesus trouxe à memória do povo diversas figuras de profetas: Elias, João Batista, etc. Mas, por ser simples curiosidade, esse desejo não transcende. Tal é o fato que quando Herodes vê não lhe causa maior impressão (cf. Lc 23,8-11). Seu desejo se desvanece ao vê-lo cara a cara, porque Jesus se nega a responder suas perguntas. Esse silêncio de Jesus lhe delata como corrupto e depravado.


Nós, ao igual que Herodes, com certeza sentimos, alguma vez, o desejo de ver Jesus. Mas já não contamos com ele Jesus em carne e osso como nos tempos de Herodes, no entanto contamos com outras presenças de Jesus. Quero ressaltar duas delas.

Em primeiro lugar, a tradição da Igreja fez das quintas-feiras um dia por excelência para ver Jesus na Eucaristia. São muitos os lugares onde hoje está exposto Jesus - Eucaristia. «A adoração eucarística é uma forma essencial de estar com o Senhor. Na sagrada custódia está presente o verdadeiro tesouro, sempre esperando por nós: não está ali por Ele, e sim por nós» (Bento XVI). -Aproxime-se para que lhe deslumbre com sua presença.

Para o segundo caso podemos fazer referência a uma canção popular, que diz: «Conosco está e não o conhecemos». Jesus está presente em tantos e tantos de nossos irmãos que têm sido marginados, que sofrem e não têm ninguém que os queira ver. Na sua encíclica Deus é Amor, diz o Papa Bento XVI: «O amor ao próximo enraizado no amor a Deus é ante tudo uma tarefa para cada fiel, mas é também para toda a comunidade eclesial». Assim, então, Jesus está lhe esperando, com os braços abertos lhe recebe em ambas as situações. Aproxime-se!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mt 9,9-13

“Jesus disse: Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes. Ide, pois, aprender o que significa: Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores”. Mt 9,12-13

Hoje celebramos a festa do apóstolo e evangelista São Mateus. Ele mesmo nos conta no seu Evangelho sobre a sua conversão. Estava sentado na coletoria de impostos e Jesus o convidou a segui-lo. Mateus -diz o Evangelho- «se levantou e seguiu-o» (Mt 9,9). Com Mateus chega ao grupo dos Doze um homem totalmente diferente dos outros apóstolos, tanto pela sua formação como pela sua posição social e riqueza. Seu pai lhe fez estudar economia para poder fixar o preço do trigo e do vinho, dos peixes que seriam trazidos por Pedro e André e os filhos de Zebedeu e o das pérolas preciosas das quais fala o Evangelho.

Talvez a resposta esteja no último versículo que hoje lemos: “Aprendam, pois, o que significa: ‘Eu quero a misericórdia e não o sacrifício’. Porque eu não vim para chamar justos e, sim, pecadores”, ou seja, o evangelista acha necessário esclarecer que o centro da missão do Messias é buscar o que estava perdido, curar os doentes, libertar os cativos, proclamar o ano de graça da misericórdia do Senhor! (cf. Lc 4,18-19).

O Evangelho de hoje nos diz que Jesus “viu primeiro”, referindo-se a Mateus; é vê-lo na sua situação cotidiana e total: “Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos”. Mas o olhar de Cristo é capaz de ir além do que um simples olhar enxerga de um judeu cobrador de impostos. Ele reconhece nesse homem um filho muito querido de Deus, e isso é o que Ele comunica primeiro para o cobrador de impostos. Seu olhar sobre Mateus está carregado da ternura e misericórdia de Deus Pai, que cura as feridas e perdoa os pecados, amando-o incondicionalmente.

Por isso Jesus lhe diz: “Segue-me!”. Abre-se diante de Mateus a possibilidade de um caminho novo, impensável até aquele momento. É convidado a deixar de ser uma engrenagem do império opressor, para passar a ser um íntimo colaborador na construção de um Reino de liberdade, justiça e solidariedade.

Deixemos que Jesus passe e nos olhe no nosso dia a dia e, como São Mateus, tenhamos a coragem de acolher esse olhar e a proposta que dele brota. Sem dúvida, nossa vida passará a ser diferente e poderemos também ser parte deste círculo aberto, inclusivo e integrador de amigos e amigas de Jesus que continuam lutando pela Sua mesma paixão: o ser humano e a casa em que ele habita.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Lc 8,19-21

“Ele respondeu: Minha mãe e meus irmãos são estes aqui, que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.” Lc 8,21

Não basta escutar a Palavra; é necessário cumpri-la, se queremos ser membros da família de Deus. Temos de pôr em prática aquilo que nos diz! Por isso será bom que nos perguntemos se só obedeço quando aquilo que se me pede me agrada ou é relativamente fácil, e, pelo contrário, quando há que renunciar ao bem-estar, ao bom nome, aos bens materiais ou ao tempo disponível para o descanso..., ponho a Palavra entre parêntesis até que cheguem melhores tempos. Peçamos à Virgem Maria que escutemos como Ela e cumpramos a Palavra de Deus para andarmos assim no caminho que conduz à felicidade duradoura.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Lc 8,16-18

A lâmpada no candeeiro é Nosso Senhor Jesus Cristo, a verdadeira Luz do Pai, que ilumina todo o homem que vem a este mundo. Dito de outra forma é a Sabedoria e a Palavra do Pai.

Cristo é chamado Lâmpada na Sagrada Escritura, porque é o único a aniquilar as trevas da ignorância e a dissipar a escuridão do pecado. Ele tornou-se para todos o Caminho da salvação. Cristo conduz junto ao Pai aqueles que, pelo conhecimento e pela virtude, avançam com Ele pelo caminho dos mandamentos, considerado caminho da justiça.

O candeeiro é a santa Igreja, porque o Verbo de Deus brilha por meio da sua pregação. É deste modo que os raios da Sua verdade podem iluminar o mundo inteiro. No entanto, há uma condição: não esconder esta Luz sob a “letra da Lei”. Todo aquele que fica preso apenas à letra da Escritura vive segundo a carne: põe a lâmpada debaixo do vaso. Pelo contrário, colocada no candeeiro, Cristo – Cabeça da Igreja – ilumina todos os homens.

Assim, iluminados por Cristo, não podemos sentar-nos tranquilos, escondidos “num cantinho do mundo”. Estamos à vista de todos os homens, tal como uma cidade situada no cimo de um monte, tal como em casa uma luz que se pôs sobre o candeeiro. Saiba que as piores malícias não poderão lançar qualquer sombra sobre nossa luz se vivermos na vigilância dos que são chamados a conduzir para o bem o mundo inteiro.

Portanto, que nossa vida responda, pois, à santidade do nosso ministério para que a graça de Deus seja anunciada em toda a parte.

25° DOMINGO DO TEMPO COMUM

A Liturgia nos leva a refletir novamente sobre a Igreja, na qual somos convidados a trabalhar. Qual será o critério de Deus no "pagamento" pelo trabalho nela realizado. As leituras bíblicas nos dão à resposta.

Na 1ª Leitura, Isaías afirma que o jeito de Deus ser é muito diferente de como nós o imaginamos. Deus não pensa como nós. Ele não julga pela quantidade, mas pela qualidade com que se faz. (Is 55,6-9)

A 2ª Leitura apresenta o testemunho de Paulo, que fez de Cristo o centro de sua vida. "Para mim o viver é Cristo, e o morrer um lucro". (Fl 1,20c-24.27a)

O Evangelho destaca que Deus chama à Salvação todos os homens, sem considerar a antiguidade na fé, ou os créditos pelo trabalho realizado. (Mt 20,1-16)

A Parábola da VINHA é exclusiva de Mateus:

- Um patrão contrata trabalhadores para a sua vinha, em vários momentos.

- No final do dia, paga uma diária completa a todos.

- Os primeiros "murmuram, reclamando indignados: "Eles trabalharam apenas uma hora, e tu os igualaste a nós".

- O dono da vinha responde ao primeiro descontente: "Não sou injusto contigo. Não tinhas combinado comigo uma diária? Estás com inveja, porque eu sou bom?”.

Os murmuradores eram os escribas e fariseus que confiavam em seus créditos. Deus não é um negociante que contabiliza os créditos dos homens para depois lhes pagar conforme a quantia produzida. A Salvação é mais obra de Deus do que merecimento do homem. Deus é um Pai, cheio de bondade, que ama todos os seus filhos por igual e sobre todos derrama o seu amor. Ele nos dá muito mais do que merecemos.

O que a PARÁBOLA queria dizer?

Para Jesus, que era criticado porque acolhia os pecadores e os publicanos, os primeiros chamados foram os judeus, como povo escolhido e herdeiro das promessas do Antigo Testamento; Os últimos: os pecadores, que, convidados por ele, também entraram no ambiente da misericórdia de Deus.

O Reino de Deus é para todos; não há excluídos, indignos, desclassificados. Para Deus há pessoas a quem ele ama, a quem ele oferece a salvação e a quem ele convida para trabalhar na sua vinha. A única coisa realmente decisiva é se os convidados aceitam ou não trabalhar na sua vinha.

Para Deus, não há Judeus ou gregos, escravos ou livres, cristãos da primeira hora ou da última hora. Não há graus de antiguidade, de raça, de classe social, de merecimento. Todos são filhos amados do mesmo Pai.

Para nós, Cristo continua convidando: "Ide também vós para a minha vinha". Muitos ouviram o chamado de Deus logo no alvorecer de sua existência; Outros escutaram este apelo no vigor da juventude; Outros apenas na idade madura ou bastante avançada. Deus não pensa como nós, Deus não olha o tempo, mas a atitude pronta e generosa de nossa resposta. Não remunera pela eficiência, mas pela necessidade. Mede muito mais pelo amor, do que pelo produto do mesmo.

Diante da recompensa gratuita e universal de Deus, qual a nossa atitude? Nos alegramos com o amor de Deus que acolhe a todos? Ou nos deixamos levar por sentimentos de inveja ou ciúmes? Ou nos consideramos merecedores de direitos, ou "privilégios"?

Que pensar dos que se sentem "donos" da Comunidade porque estão há mais tempo do que os outros, ou porque contribuíram para a Comunidade mais do que os outros?

Na Comunidade de Jesus, a idade, o tempo de serviço, a posição hierárquica, não servem para garantir direitos, privilégios ou superioridade. Embora com funções diversas, todos são iguais em dignidade e todos devem ser acolhidos, amados e considerados de igual forma.

Se na Vinha do Senhor há lugar para todos, por que muitas pessoas continuam "desempregadas"? Será que não há trabalho para elas? Será que não tiveram oportunidade, "porque ninguém as contratou"? Será que elas se acomodaram, não querendo compromisso? Deus não quer ninguém desocupado. Cristo continua convidando: "Ide também vós para a minha vinha!” Qual será a nossa resposta ao chamado de Deus? Qual é o nosso lugar na vinha do Senhor.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Lc 8,4-15

" E o que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra, e dão fruto na perseverança." Lc 8,15

O destaque é "ouvir a Palavra" e as diferentes respostas. O autêntico discípulo é o que ouve a Palavra e a põe em prática, dando frutos de amor e comunhão com o próximo e com Deus.
Com estímulo à ação missionária, a parábola exprime o crescimento eficaz do Reino. Existem os corações bons e generosos que recebem a Palavra e dão abundantes frutos.

Lc 8,1-3

São Cornélio e São Cipriano
Hoje, vemos no Evangelho o que seria uma jornada cotidiana dos três anos da vida pública de Jesus. São Lucas nos narra-o com poucas palavras: «Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus» (Lc 8,1). É o que contemplamos no terceiro mistério de luz do Santo Rosário.

Comentando este mistério diz o Papa João Paulo II: «Mistério de luz é a predicação com a que Jesus anuncia a chegada do Reino de Deus e convida à conversão, perdoando os pecados de quem se aproxima a Ele com fé humilde, iniciando assim o mistério da misericórdia que Ele continuará exercendo até o fim do mundo, especialmente através do sacramento da Reconciliação confiado à Igreja».

Jesus continua passando perto de nós, oferecendo-nos seus bens sobrenaturais: quando fazemos oração, quando lemos e meditamos o Evangelho para conhecê-lo e amá-lo mais e imitar sua vida, quando recebemos algum sacramento, especialmente a Eucaristia e a Penitência, quando dedicamo-nos com esforço e constância ao trabalho de cada dia, quando tratamos com a família, os amigos ou vizinhos, quando ajudamos àquela pessoa necessitada material e espiritualmente, quando descansamos ou nos divertimos... Em todas essas circunstâncias podemos encontrar a Jesus e segui-lo como aqueles doze e aquelas santas mulheres.

Mas, além disso, cada um de nós é chamado por Deus a ser também Jesus que passa, para falar -com nossas obras e nossas palavras- a quem tratamos sobre a fé que enche de sentido a nossa existência, da esperança que nos move a seguir adiante pelos caminhos da vida confiados do Senhor e, da caridade que guia todo nosso agir.

A primeira em seguir Jesus e em ser Jesus é María. Que Ela com seu exemplo e sua intercessão nos ajude!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Jo 19,25-27

Nossa Senhora das Dores


Os três evangelistas sinóticos – Marcos, Mateus e Lucas – registram a presença das mulheres, a distância, no momento da crucifixão de Jesus. João, no seu Evangelho, as apresenta ao lado da cruz – Maria Madalena e Maria, a Mãe de Jesus – acrescentando o discípulo que Jesus amava.

Há aqui um pormenor a salientar: somente o evangelista João apresenta Maria e o discípulo amado ao lado da cruz, já que Mateus, Marcos e Lucas referem que havia umas pias mulheres um pouco afastadas da cruz. O que se quer evidenciar neste pequeno trecho são as palavras de Jesus à Mãe e ao discípulo amado: “Este é o seu filho. Em seguida disse a ele: Esta é a sua mãe”.

Jesus ao dizer: “Eis a tua mãe” quer personificar – no discípulo amado – que os seguidores d’Ele são objeto do Seu amor, porque observam a Sua Palavra. E assim, Maria é proclamada Mãe de toda a Igreja.

Com as palavras ao discípulo, Cristo esclarece o Seu pensamento: “Eis a tua mãe”. Maria não é só a Mãe de Jesus, mas a Mãe dos discípulos, a Mãe da Igreja, a Mãe de toda a humanidade. O Senhor revela então a Virgem Maria a sua missão de Mãe e ao discípulo a sua missão de filho.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Jo 3,13-17

Exaltação da Santa Cruz
"Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também será levantado o Filho do Homem, a fim de que todo o que nele crer tenha vida eterna." Jo 3,14

Hoje, o Evangelho é uma profecia, isto é, uma olhada no espelho da realidade que nos introduz em sua verdade, mais além do que nos dizem nossos sentidos: a Cruz, a Santa Cruz de Jesus Cristo, é o Trono do Salvador.

Humanamente falando, a morte de Jesus na cruz significava o fracasso total da Sua vida e missão, mas, de fato, escondia a vitória de Deus sobre o mal, da vida sobre a morte, da graça sobre o pecado – uma vitória que se manifestaria ao terceiro dia, na Ressurreição.

Deus enviou-nos o Seu Filho. O “Filho do Homem” significa o humano, o encarnado na vida, na história. O Filho do Homem desceu do céu e será levantado. É o Verbo que se fez carne e vimos a Sua glória. Temos aqui a dinâmica característica do Evangelho de João: Jesus desceu do céu para elevar o humano.

A festa de hoje celebra a cruz, não o sofrimento. Jesus não nos salvou por ter sofrido três horas na cruz – Ele nos salvou porque a Sua vida foi totalmente fiel à vontade do Pai. Por causa dessa fidelidade, as Suas opções concretas O colocaram em conflito com as estruturas de dominação sócio-político-religiosas, o que causou o Seu assassinato judicial.

A festa de hoje nos desafia para que respondamos ao convite de Jesus para carregar a nossa cruz numa vida de discipulado e missionariedade, continuando a Sua missão no mundo, pois – como diz o nosso texto de hoje, – “Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por meio dele”

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Lc7,11-17

Hoje se encontram duas comitivas. Uma comitiva que acompanha à morte e a outra que acompanha à vida. Uma pobre viúva seguida por seus familiares e amigos, levava o seu filho ao cemitério e de repente, vê a multidão que ia com Jesus. As duas comitivas se cruzam e se param, e Jesus lhe diz à mãe que ia enterrar o seu filho: «Não chores» (Lc 7,13). Todos ficam olhando Jesus, que não permanece indiferente a dor e ao sofrimento daquela pobre mãe, mas, pelo contrário, se compadece e lhe devolve a vida ao seu filho. E, é que encontrar a Jesus é encontrar a vida.

Com a leitura do fragmento do Evangelho que nos fala da ressurreição do jovem de Naim, poderia salientar a divindade de Jesus e insistir nela, dizendo que somente Deus pode voltar um jovem à vida; mas hoje preferiria salientar a sua humanidade, para não ver Jesus como um ser alheio, como um personagem tão diferente de nós, ou como alguém tão excessivamente importante que não nos inspire a confiança que pode nos inspirar um bom amigo.

No episódio de hoje, vemos como Jesus atua sem ser solicitado, unicamente pela Sua compaixão, como ser humano. Ter piedade dos que sofrem é um exercício aprovado pela atuação d’Ele até tal ponto que opera um milagre com poderes fora do comum.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Lc 7,1-10

Hoje somos confrontados com uma questão interessante. Porque o Centurião do Evangelho não foi pessoalmente ter com Jesus, mas preferiu mandar mensageiros com o pedido de cura para seu servo?

O Centurião possuía a virtude da fé, acreditava que Jesus poderia fazer esse milagre se estivesse de acordo com sua divina vontade. A fé permitiu ao Centurião acreditar que onde quer que Jesus esteja, ele poderia curar o servo doente. O Centurião acreditava que nenhuma distância poderia impedir ou deter o Cristo de fazer sua obra de salvação.

Em nossas próprias vidas, somos chamados a ter esse mesmo tipo de fé. Há momentos em que somos tentados a pensar que Jesus está distante e não ouve nossas orações. Entretanto, a fé ilumina nossas mentes e corações, para que acreditemos que Jesus está sempre ao nosso lado para nos ajudar. Em verdade, a presença curativa de Jesus na Eucaristia é um lembrete de que Jesus está sempre conosco.

domingo, 11 de setembro de 2011

24º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Diante das palavras de Cristo sobre a correção fraterna e a reconciliação, Pedro pergunta: “Quantas vezes devo perdoar se meu irmão me ofender? Até sete vezes?”

Nesta pergunta do apóstolo podemos ver o conhecimento dele sobre a necessidade de perdoar sempre. Tendo em vista que o número sete, segundo as Sagradas Escrituras, significa perfeição. Com este nobre pensamento, Jesus quer que os discípulos avancem para águas mais profundas. Ele não põe limite para o perdão: “Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete!”

O homem – sendo imagem e semelhança de Deus – está vocacionado a viver o perdão d’Ele, por amor às criaturas. Assim como Deus é amor, misericórdia e perdão para com os homens, assim também deve ser o homem para com os seus irmãos.

A parábola que Jesus conta a Pedro é uma forma pedagógica para esclarecer a Sua resposta. Assim como o perdão de Deus não tem limites, assim deve ser o meu e o seu perdão. Se nós não aprendermos a perdoar os nossos irmãos, Deus virá e nos chamará de miseráveis e então nos mandará para fora do Seu Reino como aquele empregado que não soube perdoar ao seu semelhante.

Existem nos dias de hoje muitos que dizem: “Perdoo, mas não esqueço!” Como cristão, qual tem sido a sua posição, diante do infinito perdão de Deus, no trato com os seus semelhantes? Jesus deu o exemplo. Na hora de ser morto pediu a Deus Pai que perdoasse a Seus assassinos (cf. Lc 23,34).

Será que sou capaz de imitar a Jesus? Muitas vezes queremos que Deus nos perdoe pelos nossos pecados. Mas não queremos perdoar aos outros. Como é que o Todo-poderoso nos perdoará se nós não o fazemos? Veja o que Jesus disse: “É isso o que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão”.

O Evangelho de hoje recorda-nos a necessidade de vivermos o eterno perdão. Perdoar significa desculpar. E desculpar significa justificar-se de alguma falta cometida. Então, quando você perdoa, você desculpa a falta ou a falha cometida por alguém em relação a você. O ato de perdoar vai além do nosso entendimento humano; sabe por quê? Porque ele é divino, vem do alto, nasce no coração de Deus e somente por meio do Espírito Santo pode atingir o fundo do nosso coração, local onde tudo se faz e se desfaz, para que, a partir daí, possamos ter a graça santificante de perdoar aos nossos irmãos assim como Deus, em Cristo, nos perdoou.

Você precisa pedir em oração que Jesus o ensine a amar cada vez mais a Deus e ao próximo como a si mesmo. Acredite, meu irmão: é só na oração que existe a verdadeira comunicação com o Senhor. E a oração cristã nos conduz ao perdão dos inimigos.

A oração transforma o discípulo, configurando-o a Jesus e é exatamente nesse momento que, perdoando, estaremos dando testemunho de que, em nosso mundo, o amor é mais forte que o pecado e que o perdão é a condição fundamental da reconciliação dos filhos de Deus com seu Pai e dos homens entre si.

O perdão é o ponto mais alto da nossa oração e o dom da oração só pode ser recebido por aqueles que estão em consonância com a compaixão de Deus. Para perdoar é necessário compadecer-se e, para compadecer-se, é necessário amar incondicionalmente a Deus e ao próximo. Não há limite e nem medida para o perdão que é essencialmente divino.

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sábado, 10 de setembro de 2011

Lc 6,43-49

"Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos" Lc 6,44

Realmente não existe árvore boa que produza frutos ruins, nem árvore má que dê frutos bons. Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Que tipo de árvore é você? É pelas ações e atitudes que se conhece se alguém é bom ou mau.

Quem tem a trave no olho é árvore má: não pode dar bons frutos nem pode converter os outros, como nós ouvimos no texto de ontem, senão somente escandalizá-los com seu mau procedimento. Ninguém pretende colher figos de um espinheiro, nem se apanham uvas de urtigas. Da mesma forma, como pretenderá alguém corrigir os outros se ele mesmo leva uma vida desregrada?

O homem bom diz e tira sempre o bem do depósito de boas ações que constituem o tesouro do seu coração, como raiz de uma árvore. Mas o homem mau diz coisas más porque há maldade em seu coração. Pois a boca fala daquilo de que está cheio o coração, segundo a Palavra de Deus.

O coração é a fonte dos sentimentos, que geram pensamentos, palavras, ações, e é a sede das decisões. Palavras e obras revelam o interior da pessoa, desmascaram o coração como os frutos mostram a qualidade da planta. Consciência em ordem e coração que transborda o bem são pressuposições para quem exerce qualquer apostolado. Nosso tesouro interior será bom se a Palavra de Jesus tomou posse do coração. Não podemos chamar Jesus de ‘Senhor’ se não vivermos a Sua Palavra. Por isso, dai-me, Senhor, a graça de ser uma boa árvore que produza bons frutos para os meus irmãos e irmãs.

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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Lc 6,39-42

Hipócrita! Tira primeiro a trave que está no teu olho e, então, enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão». Lc 6,42

Hoje, as palavras do Evangelho nos fazem refletir sobre a importância do exemplo e de procurar para os outros uma vida de exemplo.

Para que possamos sair da condição de cegueira e sermos guias dos outros precisamos, em primeiro lugar, nascer de novo e nos expor à Palavra de Deus dia a dia, pois é ela que nos limpa e nos abre os olhos sobre nossos erros.

Se é verdade que o meu e o seu Mestre é Jesus, então não temos outro caminho a tomar, nem outro fim, senão ser iguais a Ele. Você tem de passar pelo processo de Deus na sua vida, nascendo de novo, batizando-se nas águas e crescendo a cada dia com a ajuda do ensino da Palavra de Deus e do discipulado. Busque um coração humilde, sempre disposto a aprender e a corrigir os próprios erros.

Saiba primeiro lidar sincera e honestamente com a sua fraqueza e os seus pecados antes de estar na condição de ajudar a outras pessoas. Sem essa atitude interior, corremos o risco de nos endurecermos em nossos erros, a ponto de não vê-los mais, além de nos tornarmos insensíveis em relação às fraquezas do próximo. Lembre-se de que os fracos julgam e condenam enquanto os fortes, porém, compreendem e perdoam.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Mt 1,18-23

Natividade de Nossa Senhora


“Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: «Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus-conosco». Mt 1,22-23


A genealogia de Jesus, o Salvador que tinha que vir e, nascer de Maria, nos mostra como a obra de Deus está entrelaçada na história humana, e como Deus atua no segredo e no silêncio de cada dia. Ao mesmo tempo, vemos sua seriedade em cumprir suas promessas.

Concluindo, diremos que o relato do nascimento de Jesus ensina, por meio do cumprimento da profecia de Isaías 7,14, que Ele é descendente de Davi pela via legal de José; que Maria é a virgem que dá à luz segundo a profecia; e, por último, que Jesus Cristo saiu do seio materno sem detrimento algum da virgindade de Sua Mãe. Por isso, com louvores, celebramos a sempre Virgem Imaculada, concebida sem pecado.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Lc 6,20-26

“Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome, por causa do Filho do Homem!” Lc 6,22

As bem-aventuranças são acompanhadas de dolorosas imprecações por aqueles que não aceitam a mensagem de salvação, fechando-se numa vida auto-suficiente e egoísta. Com as bem-aventuranças e as imprecações, Jesus faz uma aplicação da doutrina dos dois caminhos: o caminho da vida e o caminho da morte. Não há uma terceira possibilidade, neutra: quem não segue o caminho da vida encaminha-se para a morte; quem não segue a luz, vive nas trevas.


«Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus» (Lc 6,20). Esta bem-aventurança é a base de todas as outras, pois quem é pobre será capaz de receber o Reino de Deus como um dom. Quem é pobre sabe de que coisas deve ter fome e sede: não de bens materiais, mas da Palavra de Deus; não de poder, mas de justiça e de amor. Quem é pobre sabe chorar perante o sofrimento do mundo. Quem é pobre sabe que Deus é toda a sua riqueza e que, por isso, sofrerá incompreensões e perseguições.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Lc 6,12-19

“Naqueles dias, Jesus foi à montanha para orar. Passou a noite toda em oração a Deus. Ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos.” Lc 6,12-13

Jesus sempre se retirava para orar quando havia algo de extrema importância por fazer. Dessa vez, foi a escolha dos Doze apóstolos. Cristo vai ao monte e passa lá à noite inteira. Monte aqui significa intimidade profunda com Deus, Seu Pai. Pois Cristo veio para fazer não a Sua vontade, mas a d’Aquele que O enviou.

Nós também deveríamos ter uma intimidade profunda com Deus, através da oração.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Lc 6,6-11


“Eu vos pergunto: em dia de sábado, o que é permitido, fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixar morrer?” Lc 6,9

A pergunta de jesus se relaciona com “os dois caminhos:”: o da vida ou da morte. Jesus curando, salva o que havia de morto nesse pobre homem doente, e isso é o amor de Deus Pai para com suas criaturas.

domingo, 4 de setembro de 2011

23° DOMINGO DO TEMPO COMUM


Mt18,15-20

No texto do evangelho de hoje, Mateus insere algumas orientações sobre a correção fraterna em uma fala de Jesus sobre as regras de convívio nas comunidades.

A prática do perdão, na comunidade, se dá em três estágios. O diálogo entre os dois irmãos envolvidos, a ampliação do diálogo envolvendo duas ou três testemunhas e, finalmente, a questão debatida pela igreja (comunidade). Percebe-se uma metodologia formalizada em regra. Hoje ela pode apenas inspirar uma prática do perdão e da reconciliação de uma maneira mais livre, espontânea e verdadeira. A correção fraterna, que brota do amor e do perdão, é fundamental para manter-se a unidade na comunidade.

O versículo final oferece-nos a chave para resolver os problemas que se apresentam na Igreja ao longo da história: «Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles» (Mt, 18,20). Jesus está presente em todos os períodos da vida da sua Igreja, seu “Corpo místico” animado pela ação incessante do Espírito Santo. Somos sempre irmãos, quer a comunidade seja grande, quer seja pequena.

Com Jesus e pela força da oração tudo pode ser mudado. Só assim seremos uma comunidade verdadeiramente família de irmãos, que vive em harmonia, que dá atenção aos pequenos, que escuta os apelos e conselhos do Pai e que vive no amor do Filho, animada pelo Espírito Santo.

sábado, 3 de setembro de 2011

Lc 6,1-5

“E acrescentou: «O Filho do Homem é Senhor também do sábado». Lc 6,5

Os diversos conflitos de Jesus com os fariseus e demais líderes religiosos de Israel refletem o distanciamento de Jesus em relação à instituição religiosa do judaísmo. A rigidez da observância do sábado se apoiava em um texto tardio do livro do Êxodo que afirmava: "todo aquele que trabalhar neste dia será punido com a morte" (Ex 31,15; 35,2).

É a expressão do sagrado considerado como acima e contra a vida. O Templo e as observâncias legais estão superados por Jesus. A vontade de Deus é a prática da misericórdia que consolida o amor e fortalece os laços de fraternidade e gera a paz. Os discípulos de Jesus eram censurados por estarem arrancando as espigas e debulhando-as em um dia de sábado, o que os fariseus consideravam como realização de um trabalho, o que era proibido neste dia. Jesus desconsidera esta proibição, alegando que o mais importante era a necessidade dos discípulos se alimentarem. E, autodenominando-se como o Filho do Homem, o Filho de Deus encarnado, afirma sua autoridade para suprimir as exigências legais opressoras.

O sábado tinha sido feito não só para que o homem descansasse, mas também para que desse glória a Deus. Este dia de sábado não é para semear a morte, mas a vida. Não é para condenar, mas libertar. Para fazer o bem e não o mal.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Lc 5,33-39

“Jesus, então, lhes disse: «Podeis obrigar os convidados do casamento a jejuar, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, então, quando o noivo lhes for tirado, naqueles dias vão jejuar».Lc 5,34-35

Jesus Cristo nos diz que na vida há um tempo para jejuar e rezar, e que há um tempo de comer e beber. Isto é: a mesma pessoa que reza e jejua é a mesma que come e bebe. Tudo tem seu momento; sob o céu ha um tempo para cada coisa.

Nós sabemos que como Jesus Cristo, pela sua paixão e morte, chegaremos à gloria da Ressurreição, e que não todo outro caminho é o caminho de Deus. Se puder gozar de uns momentos de paz e de alegria, devemos aproveitá-los. Com certeza já nos virão momentos difíceis de jejum. A única diferença é que, felizmente, sempre teremos ao noivo conosco. E isso os fariseus não sabiam e, talvez por isso, no Evangelho quase sempre se apresentam como pessoas mal humoradas. Admirando a suave ironia do Senhor que se reflete no Evangelho de hoje, sobretudo, procuremos não ser pessoas mal humoradas.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Lc 5,1-11

“Jesus disse a Simão: «Não tenhas medo! De agora em diante serás pescador de homens!». Eles levaram os barcos para a margem, deixaram tudo e seguiram Jesus.”Lc 5,11

Jesus chama os discípulos como cooperadores na sua missão, os quais, com desprendimento, pôem-se a segui-lo. Hoje Jesus chama cada um de nós a sermos pescadores de homens.

É isso o que Jesus Cristo faz com você aqui e agora. Não tenha medo! Ele sabe da sua fraqueza, dos seus problemas. Mas Ele quer vê-lo como um pescador de homens, restaurador de famílias, libertador dos presos, acolhedor dos excluídos e abandonados. Enfim, a dando a vida pelo próximo, assim como Ele faz por nós. E vida em abundância. Portanto, seja firme e não tenha medo!

HOJE SE INICIA O MÊS DA BÍBLIA

Pensamento do dia:
A Bíblia é a cata de amor de nosso Pai.
E nós a deixamos fechada no envelope.
São Gregório Magno