Pastoral da Comunicação

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Somos a PAStoral da COMuniçação da Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Unamar. Responsáveis por esse blog, temos a missão de manter a comunidade informada sobre os eventos ocorridos em todas as 14 capelas que constituem nossa paróquia! Esperamos que, com a intercessão de São Francisco Salles, possamos cumprir nossa missão e evangelizar através da comunicação!

domingo, 14 de março de 2010

4º DOMINGO DA QUARESMA

A Liturgia é um convite à RECONCILIAÇÃO. Deus deseja a felicidade e a salvação de todos os seus filhos, mesmo quando, pelo pecado, se afastam dele. As leituras falam da RECONCILIAÇÃO proposta por Deus, como abandono de um passado de escravidão e morte e como início de um futuro de vida nova.

Na 1ª Leitura Deus se reconcilia com o seu Povo. (Js 5,9a.10-12) Israel celebra pela 1ª vez a Páscoa na Terra Prometida. Antes, os nascidos no deserto, ainda não circuncidados, devem passar pela circuncisão, como sinal da Aliança e de pertença ao Povo eleito. Assim TODOS poderiam celebrar a Páscoa, como início de uma vida nova. Na Quaresma também somos convidados a nos reconciliar com Deus, pôr fim à etapa da escravidão e do deserto, a fim de passar à vida da Liberdade. A partir dessa "circuncisão do coração" podemos celebrar de verdade a Vida nova, a Ressurreição.

A 2ª Leitura é um Hino que enaltece a Misericórdia de Deus, que nos deu a vida em Cristo e recomenda: "DEIXAI-VOS RECONCILIAR com Deus". (2Cor 5,17-21) Ser cristão é aceitar essa Reconciliação com Deus, em Cristo. A comunhão com Deus exige a reconciliação com os outros irmãos.

No Evangelho, o PAI se reconciliou com o filho e convidou os filhos se reconciliarem entre eles. (Lc 15,1-3.11-32) Um grupo de fariseus e escribas criticava Jesus, pela atenção especial que dava aos marginalizados, muitas vezes tidos como pecadores pela sociedade então Jesus responde com três parábolas (Ovelha, Moeda e Filho Pródigo), que revelam a grande bondade e misericórdia de Deus, que sai à procura do perdido.
A Parábola do PAI MISERICORDIOSO (ou do Filho Pródigo) narra duas cenas: o Filho mais novo e o Filho mais velho, unidas pela ação do PAI, que é o centro do relato: O Filho mais novo, numa atitude de orgulho e de desprezo, afastou-se do Pai, da família e da comunidade renunciou à sua posição de filho e foi "para longe". "Longe" da casa do Pai, não encontrou a felicidade desejada. A fome fez ter saudades da casa do Pai e a lembrança da bondade do Pai o animou a voltar.
O Filho mais velho é um "bom filho", sóbrio, obediente e trabalhador, mas não é um bom irmão. Não aceita a volta do irmão, nem mesmo o amor do Pai, que o acolheu.
O Pai é o personagem central sai ao encontro dos DOIS FILHOS CORRE "movido de compaixão" ao encontro do Filho mais novo, abraça-o, beija-o e manda buscar roupa, calçado, o anel, para que o filho seja restituído em sua dignidade de filho. E faz uma FESTA para celebrar na alegria a sua volta.
O Pai também vai também ao encontro do Filho mais velho. Suplica-lhe que entre, convida-o para a festa para a alegria.
Podemos abandonar a nossa dignidade de filhos. Deus não abandona a sua missão de Pai. Deus sai à procura dos perdidos e festeja porque são resgatados. A ação do Pai reflete a atitude de Jesus e deve ser também a nossa.
Quem é esse jovem, que num desejo de liberdade e felicidade, vai longe do pai, da família, da comunidade e de Deus e quando sente o vazio em que se encontra, começa a sentir saudades da casa do pai?
Quem é esse irmão mais velho, "bom praticante", mas mau irmão, que não se alegra com o retorno do irmão arrependido, e até tenta impedir a volta de quem se desgarrou na vida?
Quantos filhos pródigos continuam ainda hoje pródigos, perdidos, longe da casa do Pai porque não há quem acredite neles e vá ao seu encontro, ajudando-os a descobrirem os valores da vida e da fé. Talvez sejamos um pouco dos dois: Todos temos um pouco do pecado do mais novo e da intransigência do mais velho.
O Evangelho de hoje nos convida a imitar o gesto do Pai:
- que respeita a liberdade e as decisões dos seus filhos.
- que continua a amar e a esperar o regresso dos filhos rebeldes.
- que está sempre preparado para abraçar os filhos que retornam.
- que os acolhe com amor e os reintegra na sua família.
- que festeja com alegria a sua volta.

Acolhendo os apelos de conversão da Quaresma e da Palavra de Deus, a nossa celebração será sempre um verdadeiro banquete para celebrar na alegria à volta ao Pai e à comunidade dos filhos pródigos que estavam perdidos, mas que voltaram à vida pela Bondade de Deus e pela Acolhida dos irmãos.
Rachel Malavolti

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