"Disse-lhes Jesus: ‘Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles?’." Mt 9,15
Os discípulos de João Batista e os fariseus ficaram intrigados porque os discípulos de Jesus não jejuavam. Para eles o jejum era manifestação de dor e luto. Jesus, o noivo, está junto dos discípulos, por isso, não podiam jejuar e sim hora de alegria e de comunhão. Jesus insistia em outra atitude de vida: a de amor, de misericórdia, de acolhimento, de perdão. Nós cristãos acreditamos que Deus nos ama, que Jesus está sempre conosco, que o mal foi derrotado, que é possível sermos felizes na paz e a fraternidade. Não podemos então viver no luto, no pessimismo triste, a nos lamentar chorosos.
O sentido do jejum de que fala o texto é, acima de tudo, uma renúncia aos velhos conceitos, às velhas estruturas sociais, às velhas mentalidades de vida que impedem a libertação daquilo que não nos faz ver Deus.
A frase que aparece no final do texto, “dias virão em que lhes será tirado o esposo. Então eles jejuarão”, tem como finalidade distinguir entre o tempo da presença de Jesus e o tempo sucessivo à sua morte.
Rachel Malavolti
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