“Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão.” Lc 5,32
Lucas destaca que Levi abandonou tudo para seguir Jesus. O grande banquete que dá indica sua disposição à partilha convidando à sua mesa um grande número de excluídos. Os fariseus e os escribas se escandalizam com esta prática de Jesus. Os excluídos pelo sistema do Templo são mais sensíveis aos apelos de Deus do que os piedosos incluídos e autojustificados por sua prática legalista e ritual.
Deus está a serviço dos homens. Assim também nós devemos estar. As alegrias e as esperança, as tristezas e as angústias dos homens deste tempo, dos pobres e sobretudo dos que sofrem, dos que são excluídos, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Jesus.
Podemos estar vivendo nossa vida voltada para nós mesmos. E eis que Deus nos pede para amar a vida dos homens, respeitar o crescimento de todos até o seu desenvolvimento em Cristo. Isso é uma conversão que rompe com as simples tradições, que aceita inquietar-se consigo, mesmo rompendo com esquemas religiosos que nem sempre expressam o sentido da fé. Não é possível crer em Cristo sem reconhecer o valor das pessoas.
Devemos pois evitar pensar que Deus quer expedientes limpos e imaculados para O servir. Este expediente apenas o preparou para a Nossa Mãe. Mas para nós, sujeitos da salvação de Deus e protagonistas da Quaresma, Deus quer um coração contrito e humilhado.
Jesus convidou Levi e ele o seguiu. Jesus convida a todos ao Reino, mas as respostas são diferentes. Muitos corações precisam ser mudados para próprio bem e salvação.
Rachel Malavolti
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