"Por que esta gente pede um sinal? Em verdade vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal". Mc 8,12
Os adversários de Jesus pediam um milagre do céu, que garantisse ser ele um enviado de Deus. Ao que parece, não estavam interessados numa confirmação divina, mas queriam apenas criar uma dificuldade para Jesus. Que não aceitou a exigência: ele queria ser aceito pelo que era e pelo que dizia. Tanto mais que, como Filho de Deus, falava diretamente aos corações, o que tornava possível prestar fé a suas palavras.
Consciente ou inconscientemente cada um de nós vive esperando que os outros satisfaçam plenamente nossas necessidades. Então é preciso entender um pouco sobre si e sobre o outro para que os conflitos cedam ao diálogo e ao conhecimento mútuo.
Parece que aos Judeus que interrogam Jesus lhes falta a capacidade ou a vontade de pensar no sinal que de fato são toda a atuação, obras e palavras do Senhor.
Também hoje em dia se pedem sinais a Jesus: que nos mostre a sua presença no mundo ou que nos diga como devemos atuar. Definitivamente, quando os judeus do tempo de Jesus, como também os cristãos de hoje pedimos de uma forma ou de outra um sinal, o que fazemos é pedir a Deus que atue à nossa maneira, da forma que julgamos mais correta e, que por isso apoia o nosso modo de pensar. Jesus Cristo, por excelência, é o grande sinal do Pai em nosso meio. Quantas vezes suplicamos sinais e sinais diante de Deus. Quem busca o Senhor e procura viver a Sua Palavra, entende quem em tudo e em todas as circunstâncias, ali está a presença de Deus agindo e operando em nossa vida.
Jesus é o sinal, por excelência, do amor misericordioso do Pai. Mas para que possamos ver o sinal, que é Jesus, nos fatos e nos acontecimentos, por piores que sejam, é preciso que tomemos a decisão de ver tudo e todos com um olhar de amor, de misericórdia; com um olhar que seja capaz de não só enxergar, mas ver além das coisas e dos fatos. É preciso olhar além e através das coisas e dos fatos.
Rachel Malavolti
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