Pastoral da Comunicação

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Somos a PAStoral da COMuniçação da Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Unamar. Responsáveis por esse blog, temos a missão de manter a comunidade informada sobre os eventos ocorridos em todas as 14 capelas que constituem nossa paróquia! Esperamos que, com a intercessão de São Francisco Salles, possamos cumprir nossa missão e evangelizar através da comunicação!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

SEXTA FEIRA SANTA – PAIXÃO DO SENHOR

A Liturgia da PAIXÃO não tem a celebração da Eucaristia, mas apenas a distribuição da Comunhão. Nesta celebração, em que revivemos o mistério da Paixão e Morte de Nosso Senhor, queremos acolher a Palavra de Deus como testemunho da verdade que liberta e que dá um sentido ao absurdo da morte de um inocente. Uma introdução e conclusão silenciosa e quatro momentos distintos:

1. A Liturgia da Palavra nos apresenta uma síntese da vida e da ação de Jesus:

- Ele é o SERVO que carrega os pecados da humanidade (1ª L.)

- O REI Universal que dá a vida (Evangelho)

- O único Sacerdote e Mediador entre Deus e a humanidade (2ª L).


2. A Oração universal: exprime a abertura universal da comunidade, consciente de que a Salvação de Cristo é oferecida a todos.


3. Adoração da Cruz: Ele celebrou a sua Páscoa, "passando" de uma morte dolorosa e humilhante, à Ressurreição gloriosa.


4. Rito da Comunhão: Hoje não há oferendas a apresentar ao Pai. Não é renovado no Altar o Sacrifício da Cruz, mas se faz a Comunhão com o pão eucarístico consagrado na véspera.


A Paixão segundo João nos introduz no mistério pascal, que hoje revivemos. Jesus morre no momento em que, no templo, se imolam os cordeiros para a celebração da Páscoa. João é muito sóbrio a respeito dos sofrimentos. Ele não pretende comover os cristãos com a descrição dos tormentos de Jesus, mas procura fazer entender a imensidade do seu amor. Jesus está consciente de sua vida e sua missão. Está preparado a dar a vida.

O objetivo de João é alimentar a fé dos discípulos e iluminá-los sobre o sentido misterioso do que aconteceu. Jesus era a "Luz", mas os homens amaram mais as trevas do que a "Luz", por isso o rejeitaram e condenaram. Vamos retomar alguns fatos e personagens para vivenciar mais intensamente esse Drama Sagrado.

O beijo de Judas é um sinal de amor, transformado em gesto de maldade. Procura traduzir com os lábios, o que não deseja o coração.

O Perfume de Madalena derramado aos pés do Mestre demonstra que amar era aquilo que ela desejava e pecar era aquilo que ela não queria. Ao lavar os pés de Jesus, ela manifesta que desejava lavar também a alma do pecado. Como Judas, também ela beijou o Cristo. Só que Judas O beijou para traí-lo e ela, para se libertar de sua vida de traição. Judas o beijou, porque queria vendê-lo e ela o beija, porque estava cansada de ser vendida.

A Toalha de Verônica sem ter medo, uma mulher rompe o grupo violento dos soldados e enxuga o rosto do Mestre coberto de sangue, que provinha dos furos causados pelos espinhos que lhe perfuravam a fronte.

A bacia de Pilatos foi usada como símbolo da covardia. E os séculos nela reconhecem o sinal acabado da omissão. Por não ter coragem suficiente, omitiu-se o procurador romano, permitindo que Cristo fosse condenado, ainda que nele não visse nenhum mal.

A Sepultura Nova de José de Arimatéia por causa desse homem rico, mas de profunda sensibilidade, Cristo não é lançado em vala comum e passa a ter direito a uma sepultura. Para nascer, Jesus não encontrou um berço. Para descansar na morte, lhe é ofertado um túmulo. Muitos só são lembrados quando morrem!


A Verdade é que “A luz veio ao mundo mas o mundo não a acolheu”, a verdade é que homens e mulheres matam o Justo inocente mas Deus que o conhece e ama é capaz de ressuscitá-lo e Ele não se vinga, não mata estes homens e mulheres, mas lhes perdoa e neste fracasso se torna fonte de um novo tempo, luz para um novo começo.

Estamos diante do amor que vem ao nosso encontro e nos convida a decidir-nos pela misericórdia e compaixão no lugar da vingança e do ódio; a decidir-nos pela vida que vence a morte passando pela dor da morte; a acreditar que, mesmo diante de situações absurdas e incompreensíveis aos nossos olhos o amor de Deus é mais forte, não condena e faz ressurgir um sentido: o verdadeiro sentido da vida!

Que esta celebração faça de cada um de nós discípulos e testemunhas da Verdade, sinais do ressuscitado, fonte de esperança num tempo e num mundo que já não crê, não espera e por isso já não vê sentido no amor que nasce de Deus.

Rachel Malavolti

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