“Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.” Is 50,7
Os judeus tinham uma idéia triunfalista do Messias esperavam um grande rei, que iria devolver ao povo glórias perdidas um personagem importante, que iria resolver todos os problemas. Nunca imaginaram um messias sofredor, humilde e solidário com o sofrimento dos homens. Isaías, ao contrário, apresenta um profeta anônimo, chamado por Deus a testemunhar a Palavra da salvação e que, para cumprir essa missão, enfrenta a perseguição, a tortura, a morte. Mas Ele confia no Senhor. Por isso, mesmo quando acusado, tem certeza da vitória. Os primeiros cristãos viram neste "Servo Sofredor" a figura de Jesus que dá a sua vida por fidelidade.
Na 2ª leitura São tiago refirma que “a fé sem obras é morta”.
“...que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática?” Tg 2,14
A Igreja nos convida a sermos "discípulos missionários de Cristo”. Não basta dizer que tenho fé, que Jesus já salvou. Tenho que mostrar através da vida, na caridade.
No Evangelho, Jesus faz o 1º Anúncio da Paixão e a profissão de fé cristológica de Pedro. O Evangelho está dividido em três partes: A Confissão de Pedro, o Anúncio da Paixão e o Convite de Jesus para seu Seguimento e as Condições.
“ E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu: Tu és o Messias.” Mc 8,29
Para o Povo Jesus é apenas um HOMEM, convocado por Deus e enviado ao mundo com uma missão, como os PROFETAS do Antigo Testamento. Para os Apóstolos é o MESSIAS libertador que Israel esperava. A resposta determina o futuro, significa ter fé e fidelidade ou abandono definitivo.
Jesus explica aos discípulos que o seu caminho, a sua Missão messiânica, é passa pela Paixão, Morte e Ressurreição.
O Caminho dos discípulos é semelhante, renunciar a si mesmo, tomar a CRUZ e SEGUIR Jesus, no caminho do Amor, da entrega e do dom da Vida. Quem é capaz de dar a vida a Deus e aos irmãos, ganha a vida eterna.
Somos chamados ao discipulado e a missão, mas isso só será possível se como Pedro reconhecermos e compreendermos a verdadeira identidade de Jesus. Ele nos propõe as “coisas de Deus”, a comunicação da vida sem limites. É preciso um comprometimento radical com o Cristo. Devemos acreditar na totalidade do mistério do Cristo e do homem e agir de acordo. Fé e obras se completam. Ver e considerar sempre o divino e acolher igualmente o humano, tanto em Jesus Cristo, como em nós e no próximo.
Rachel Malavolti
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