Nós não conseguimos enxergar a realidade tal como ela é porque vemos mal, vemos a partir dos nossos princípios, a partir das nossas concepções; não vemos com o olhar de Jesus, com o olhar do coração, coração este que deveria enxergar bem, pois vê bem quem vê com os olhos do coração.
aquela pecadora, aquela “sem eira e nem beira” – segundo nossos prejulgamentos – faz aquilo que era o mais certo: assumindo a miséria e a condição de miserável – porque todos o somos – resolve acolher Jesus, fazendo o que o “santo”, o “justo” Simão não teve a coragem de fazer: beijou Jesus, lavou-O com suas lágrimas de arrependimento e derramou o pecado na presença do Senhor, quebrando o vaso de perfume.
Que tenhamos a coragem, como esta mulher, de beijarmos os pés de Cristo, de chorarmos os nossos pecados na Sua presença e de derramarmos nossas iniquidades aos Seus pés. Se assim o fizermos, não teremos tempo de julgar, de condenar e de matar os outros com a nossa língua, muitas vezes, venenosa. Passaremos a agir com misericórdia, pois só passa a ser misericordioso quem uma vez saboreou e foi tocado por essa virtude. No entanto, só toca na misericórdia quem assume as suas misérias.
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