Os diversos conflitos de Jesus com os fariseus e demais líderes religiosos de Israel refletem o distanciamento de Jesus em relação à instituição religiosa do judaísmo. A rigidez da observância do sábado se apoiava em um texto tardio do livro do Êxodo que afirmava: "todo aquele que trabalhar neste dia será punido com a morte" (Ex 31,15; 35,2).
É a expressão do sagrado considerado como acima e contra a vida. O Templo e as observâncias legais estão superados por Jesus. A vontade de Deus é a prática da misericórdia que consolida o amor e fortalece os laços de fraternidade e gera a paz. Os discípulos de Jesus eram censurados por estarem arrancando as espigas e debulhando-as em um dia de sábado, o que os fariseus consideravam como realização de um trabalho, o que era proibido neste dia. Jesus desconsidera esta proibição, alegando que o mais importante era a necessidade dos discípulos se alimentarem. E, autodenominando-se como o Filho do Homem, o Filho de Deus encarnado, afirma sua autoridade para suprimir as exigências legais opressoras.
O sábado tinha sido feito não só para que o homem descansasse, mas também para que desse glória a Deus. Este dia de sábado não é para semear a morte, mas a vida. Não é para condenar, mas libertar. Para fazer o bem e não o mal.
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