No evangelho de hoje, Jesus se apresenta como a nova e definitiva aliança que une Deus e a humanidade: ele abriu as portas de acesso a Deus.
Deus conhece todas as ações humanas. Ele é o Justo Juiz. E seu Reino não terá fim. O mal um dia será vencido e não mais estará presente entre os homens. Mas isto somente vai acontecer no momento em que “vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. É Cristo quem nos chama para estar junto d’Ele e participar de sua obra redentora.
Filipe não guardou para si a grande alegria de ter encontrado o Messias anunciado pelos profetas, mas comunicou esta mesma alegria a seu amigo Natanael, que se mostrou incrédulo diante da procedência humilde de Jesus, filho de um carpinteiro de Nazaré, quando o Messias devia ser descendente de Davi e procedente de Belém.
“Eu te vi, debaixo da figueira”. Natanael sentiu que o olhar de Jesus penetrava nos mais profundos recônditos da sua alma, pois algo de significativo devia ter passado no seu coração naquela hora e naquele local exato a que Jesus se referia, e que só Deus podia conhecer.
Corresponda ou não, verdade é que Natanael vê-se descoberto e então, respondendo, professa a sua fé em Jesus: “Mestre, Tu és o Filho de Deus, o Rei de Israel”. A intenção do Evangelho revela-se ao apresentar, confissões explícitas de fé em Jesus.
E com a expressão: “Então vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”, esconde – e ao mesmo tempo revela de uma forma muito clara e expressiva – que Jesus é o mediador entre o céu e a terra, ficando assim os céus abertos para a humanidade. Ele é a porta pela qual os homens têm acesso ao Pai.
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