A Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, a festa popular da Eucaristia, é festa oportuna para reflexão sobre a Aliança de Deus com o gênero humano. Aliança iniciada no Antigo Testamento e que ilumina o Novo Testamento com a instituição da Eucaristia pelo Redentor da Humanidade, para perpetuar entre nós a nova e eterna Aliança de Deus com a humanidade inteira. O Sangue derramado de Cristo sela uma Aliança nova e definitiva entre Deus e a humanidade. Esta não precisará mais o sangue dos animais sacrificados. Será um sacrifício definitivo, que não se repetirá, só se atualizará continuamente na Eucaristia. Em Jesus o Pai, nos acolhe, nos serve e nos alimenta, fazendo comunhão conosco. A Festa de “Corpus Christi” é o momento solene em que a Santa Igreja nos convida a fazer um culto público do Senhor Ressuscitado, que caminha conosco no nosso itinerário de salvação. Esta celebração nos faz compreender melhor a Nova Aliança e o significado do Sacrifício de Cristo. Assim a palavra central da liturgia é ALIANÇA. Deus Conosco faz aliança com o seu povo a partir da Cruz Redentora de Cristo.A Comunhão é o sacramento de Deus que se oferece a nós como alimento de graça, alimento de purificação, alimento de santificação, alimento de comum união com o Criador, que nos leva, de maneira coercitiva, pelo próprio gesto à comunhão com as criaturas humanas e nos liberta de nossos pecados que são lavados pela Cruz Redentora. É o próprio Cristo que dá o seu corpo e o seu sangue como alimento de nossa salvação. Com isso, fazemos um memorial Deus se doa e se entrega por amor. O sacrifício de Jesus foi uma oferta total da própria vida, doada por amor até levá-lo à cruz.
Comungar é entrar em comunhão no Corpo e Sangue (pão e vinho consagrados) do Senhor. Entrar em comunhão é assumir em si a Vida de Jesus, sua missão, sua mentalidade e sentimentos. É continuar seu sacrifício que não é sofrimento, mas entrega de vida. Seu Corpo é dado em ação de graças. Nesta ceia celebra o Sumo Sacerdote Jesus Cristo, no seu Sangue. A Páscoa de Jesus e a Páscoa celebrada pelos discípulos são uma só. É a mediação permanente entre Deus e seu povo em Jesus. Vivenciamos as relações de amor com Deus e com os outros quando nos colocamos gratuitamente a serviço dos irmãos crucificados e buscamos vivenciar com o próximo à partilha, a escuta, a transparência, especialmente em nossas Comunidades que são sinais da aliança, da comunhão entre Deus e o seu povo. Fiquemos atentos porque até mesmo nós podemos matar sem armas com nossas palavras e gestos egoístas.
Rachel Malavolti
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