A Liturgia da PAIXÃO não tem a celebração da Eucaristia, mas apenas a distribuição da Comunhão. Uma introdução e conclusão silenciosa e quatro momentos distintos:
- Ele é o SERVO que carrega os pecados da humanidade (1ª L.)
- O REI Universal que dá a vida (Evangelho)
- O único Sacerdote e Mediador entre Deus e a humanidade (2ª L).
3. Adoração da Cruz: Ele celebrou a sua Páscoa, "passando" de uma morte dolorosa e humilhante, à Ressurreição gloriosa.
4. Rito da Comunhão: Hoje não há oferendas a apresentar ao Pai. Não é renovado no Altar o Sacrifício da Cruz, mas se faz a Comunhão com o pão eucarístico consagrado na véspera.
A Paixão segundo João nos introduz no mistério pascal, que hoje revivemos. Jesus morre quando no templo, se imolam os cordeiros para a celebração da Páscoa. Ele é o novo Cordeiro Pascal. João é muito sóbrio a respeito dos sofrimentos. Ele não pretende comover os cristãos com a descrição dos tormentos de Jesus, mas procura fazer entender a imensidade do seu amor. Jesus está consciente de sua vida e sua missão. Está preparado a dar a vida.
O objetivo de João é alimentar a fé dos discípulos e iluminá-los sobre o sentido misterioso do que aconteceu. Jesus era a "Luz", mas os homens amaram mais as trevas do que a "Luz", por isso o rejeitaram e condenaram. Vamos retomar alguns fatos e personagens para vivenciar mais intensamente esse Drama Sagrado.
O Beijo de Judas um sinal de amor, transformado em gesto de maldade. Procura traduzir com os lábios, o que não deseja o coração.
O Perfume de Madalena derramado aos pés do Mestre demonstra que amar era aquilo que ela desejava e pecar era aquilo que ela não queria.
No lavar os pés de Jesus, ela manifesta que desejava lavar também a alma do pecado, de entregar seu corpo a quem o desejasse.
Como Judas, também ela beijou o Cristo. Só que Judas O beijou para traí-lo e ela, para se libertar de sua vida de traição.
Judas o beijou, porque queria vendê-lo e ela o beija, porque estava cansada de ser vendida.
A TOALHA DE VERÔNICA
Sem ter medo, uma mulher rompe o grupo violento dos soldados e enxuga o rosto do Mestre coberto de sangue, que provinha dos furos causados pelos espinhos que lhe perfuravam a fronte.
A Bacia de Pilatos foi usada como símbolo da covardia. E os séculos nela reconhecem o sinal acabado da omissão. Por não ter coragem suficiente, omitiu-se o procurador romano, permitindo que Cristo fosse condenado, ainda que nele não visse nenhum mal. Bacia de Pilatos e bacia de Jesus no lava-pés! Duas bacias bem diferentes!
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